Cenario Rural

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Vai faltar soja no Brasil?

Vai faltar soja no Brasil? Não vai? Segundo semestre será apertado? Todas estas respostas tem sido respondidas diariamente pelo mercado em diferentes perspectivas, sejam elas da produção, processamento ou exportação. Ainda assim, todas elas indicam a continuidade de bons momentos para o produtor brasileiro.

Para o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira e resposta é simples e direta: “não vai faltar soja”. A associação estima a produção nacional em 120 milhões de toneladas e as exportações fortes em 77 milhões. A China segue como o principal destino da oleaginosa brasileira.

Já na perspectiva da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), as exportações deverão ficar em 73,5 milhões de toneladas. No entanto, o destaque fica para o esmagamento de soja, que deverá registrar um ano recorde: 44,5 milhões de toneladas. Mesmo diante dos problemas causados pela pandemia do coronavírus e da drástica queda na demanda pelo biodiesel, a perspectiva do processamento está mantida. “Teremos muita industrialização da soja este ano”, diz o presidente executivo da instituição, André Nassar.

E enquanto as perguntas vão, aos poucos, sendo respondidas, os preços da soja seguem altos e , de acordo com analistas e consultores de mercado, poderão apresentar preços ainda mais elevados diante de um volume bastante escasso para ser ‘disputado’ entre a indústria nacional e as exportações.

Em abril, o Brasil renovou seu recorde dos embarques de soja e deve finalizar o mês com um volume embarcado da oleaginosa em grão podendo chegar aos 16 milhões de toneladas. Em todo 2020, os embarques já somam 31,2 milhões de toneladas, contra pouco mais de 24 milhões de 2019, neste mesmo período. Os números partemd a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Se faltará ou não soja, efetivamente, ainda é difícil saber com certeza. Mas saber que o momento é de grande oportunidade, inclusive para a safra 2020/21 – e a compra de seus insumos e construção de margens – disso não há dúvidas. O dólar, afinal, já registra uma valorização de cerca de 40% desde o começo do ano e segue como o principal combustível para o mercado nacional. Qual será a sua estratégia?

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