Segundo informações da TF Agroeconomica, com o esgotamento da disponibilidade de trigo nacional e a alta do dólar, a tendência dos preços do trigo de agosto até meados de setembro é de alta ou, pelo menos, de se manter nos altos níveis atuais. A partir de meados de setembro, com o início da colheita de trigo no Paraná, até dezembro, auge da disponibilidade brasileira, os preços podem recuar um pouco devido à grande oferta. No entanto, espera-se uma nova alta a partir da segunda semana de janeiro, quando a colheita estiver terminada e o consumo começar a se intensificar.
A previsão é de uma safra menor, estimada em 7,83 milhões de toneladas, comparada à safra anterior de 8,096 milhões de toneladas, com praticamente pouco ou nenhum estoque inicial de trigo local, apenas de trigo importado. Assim, a importação de trigo de outras origens continuará sendo uma constante, mantendo os preços locais alinhados com a paridade de importação, como observado no segundo semestre de 2024, com algumas exceções.
Para os produtores, embora tenham tido oportunidades de fixar preços entre R$ 114 e R$ 86 por saca, os preços atuais ao redor de R$ 75,00 ainda são lucrativos, com uma margem de 11,26%. Para as cooperativas e cerealistas, existe a oportunidade de obter bons lucros comprando contratos de NDF (Non-Deliverable Forward) em Chicago agora, para aproveitar as altas previstas por todos os analistas do mercado futuro.
Para os moinhos, que deverão pagar preços maiores pela matéria-prima segundo todas as análises de mercado, a recomendação é fixar contratos de compra a preços mais baixos agora, para reduzir o custo desta matéria-prima no futuro. As estimativas apontam para reduções entre R$ 115 e R$ 314 por tonelada de trigo, ou entre R$ 7,00 e R$ 19 por saca de farinha.