Os players do mercado de soja continuam com as atenções voltadas para o clima sobre o cinturão produtor norte-americano para o desenvolvimento da nova safra. Além disso, o mercado se posicionou para esperar o relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, com divulgação no próximo dia 30. Os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional e a questão envolvendo os biocombustíveis nos EUA fecham o quadro de fatores.
Confira as dicas são do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado
- O clima ficou mais favorável em boa parte do cinturão produtor norte-americano. Portando, o retorno da umidade e de temperaturas mais amenas pode ter limitado parte dos problemas nas condições das lavouras de alguns estados norte-americanos. Portanto, é possível que o próximo relatório de condições, que será divulgado no dia 28, traga a manutenção ou até mesmo uma melhora nos índices nacionais
- Entretanto, continuam as preocupações com a situação dos solos na Dakota do Norte e na Dakota do Sul, estados com os piores índices. As previsões climáticas apontam para um período de grandes precipitações em boa parte do cinturão nos próximos dias, o que deve ser favorável para as lavouras. A melhora no clima é fator negativo para Chicago
- O esperado relatório do USDA de área plantada deve ser fator central para o mercado nesta última semana de junho. Todavia, a tendência é o órgão indicar uma área semeada com soja maior que a sua primeira estimativa. Contudo, o mercado espera por uma área em torno de 89 milhões de acres, contra 87,6 milhões estimados inicialmente em março
- O bom rimo do plantio e o retorno de Chicago para patamares de preços mais elevados em 2021 são fatores que embasam o possível aumento de área. Contudo, essa possibilidade também pesa negativamente sobre Chicago
China
- Nesta última semana, houve o anúncio de novas vendas de soja norte-americana para a China. Os anúncios vieram após as cotações registrarem grandes quedas em Chicago. O motivo para o movimento negativo foi a indicação de que o governo chinês está disposto a intervir nos preços de commodities consumidas pela China.
- Além disso, o governo chinês também indicou que começará a monitorar mais de perto as posições das empresas estatais em bolsas de negociação. Novidades sobre esse tema são de suma importância daqui para frente
- Enquanto isso, a Suprema Corte dos EUA decidiu que novas refinarias de combustíveis, podem solicitar a isenção da mistura obrigatória de biocombustíveis em seus combustíveis fósseis. Certamente, tal notícia é negativa para a soja, o milho e o óleo de soja, pois pode mexer com a demanda por estes produtos para a fabricação de etanol e biodiesel. Novidades com relação a esse tema também são importantes nos próximos meses.
Por: Canal Rural
Fonte: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-brasil/soja-precos-mercado-2/