O dólar fechou em alta na sexta-feira, ao fim de uma instável semana na qual o apetite por risco sofreu um golpe em meio a renovados temores sobre o estado da economia mundial e a evolução da Covid-19
O dólar à vista fechou a sessão em alta de 0,74%, a 5,5538 reais na venda –a quinta alta em seis sessões. Na semana, o ganho foi de 3,29%, terceira semana consecutiva de valorização. Com o movimento dos últimos cinco dias, o dólar passou a acumular apreciação de 1,33% em setembro, elevando os ganhos em 2020 para 38,40%. A força do dólar ante o real nesta semana ocorreu em sintonia com a reação de preço da moeda no exterior. A divisa foi beneficiada por fluxos de demanda por segurança depois de indicadores apontando desaceleração econômica nos EUA e na Europa elevarem temores sobre a sustentabilidade da recente retomada. O índice do dólar subia 0,3% no fim da tarde, alcançando o maior nível em dois meses. O índice saltava 1,7% na semana, a caminho da maior valorização no período desde a semana finda em 5 de abril. Ante a mínima em dois anos atingida em 1º de setembro, o dólar no exterior acumulava ganho de 3,1%. “A correção do mercado que esperávamos começou e há mais por vir, apoiando o dólar e o iene. Esperamos que a maior volatilidade das moedas emergentes se sustente para além das eleições nos Estados Unidos”, disseram analistas do Bank of America em nota. Adicionalmente, o mercado de câmbio doméstico sentiu nos últimos dias impactos de maior estresse na renda fixa, em meio a escalada nas taxas de juros de mercado pela combinação entre aumento das ofertas de títulos públicos pelo Tesouro Nacional, menor demanda pelo mercado e incerteza fiscal –num contexto de Selic nas mínimas históricas.
Leia a notícia na íntegra no Abrafrigo
Fonte: Reuters