Cenario Rural

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QUEDA DE PRODUÇÃO DE SORGO, E AS CONSEQUÊNCIAS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL NO BRASIL.

O sorgo é uma das culturas de menor consumo de água. Requer uma média de 550 ml de água para o seu período de crescimento total. No entanto, o milho requer uma média de 650 ml de água para o seu período de crescimento total. Portanto, esta peculiaridade reduz o custo da agricultura, pois diminui o custo adicional de investir em recursos de água artificiais. Esta vantagem competitiva do sorgo sobre outras culturas tem atraído os agricultores a produzir mais sorgo, impactando, assim, o aumento da demanda para as sementes de sorgo forrageiro em uma escala global.

Desta forma, o sorgo tem muitas vantagens nutricionais exclusivos quando alimentado para o gado, tal como é naturalmente sem glúten. O glúten é uma mistura de duas proteínas, denominada prolaminas e glutelina que estão presentes nos grãos de cereais, especialmente trigo. Este é responsável pela textura elástica da massa de pão quando agitado durante a digestão fazendo a digestão difícil.

 

Principais Tendências de Mercado:

As principais indústrias que utilizam sorgo são os fabricantes de alimentos para animais, destilarias de álcool, e indústrias de amido. Portanto, as variedades sorgo são completamente livre de tanino. Como resultado, o sorgo pode ser usado em dietas de aves com apenas pequenas alterações para os outros ingredientes alimentares. Nos países em desenvolvimento, como a Índia e a Indonésia, sorgo é produzido numa base comercial e é usado exclusivamente como uma alimentação animal, quer no mercado nacional ou nos destinos de exportação. A crescente demanda por produtos de origem animal no mercado global de commodities e os preços mais elevados nos mercados internacionais estão incentivando os agricultores a tomar-se o cultivo de sorgo.

 

Produção 2021.

 

Conforme os dados do IBGE a maioria dos estados tiveram uma queda acentuada na produção do sorgo. No Brasil, de forma geral, até houve um singelo aumento de 3%. Já no Tocantins tivemos uma queda de 0,38%, conforme tabela abaixo:

 

Área plantada, área colhida e produção, por ano da safra e produto das lavouras
Variável – Produção (Toneladas)
Brasil e Unidade da Federação Mês x Ano da safra
maio 2021 % em relação ao ano anterior
Safra 2020 Safra 2021
Brasil 2748747 2834342 3,11%
Alagoas 912 912 0
Bahia 146460 110180 -24,77%
Ceará 3500 11200 220%
Distrito Federal 48000 29400 -38,75%
Goiás 1153724 1328643 15,16%
Maranhão 20215 22655 12,07%
Mato Grosso 164256 135086 -17,75%
Mato Grosso do Sul 39344 45320 15,18%
Minas Gerais 862848 853812 -1,04%
Pará 30856 38746 25,57%
Pernambuco 2441 229 -90%
Piauí 37836 20623 -45,49%
Rio Grande do Norte 298 531 78%
Rio Grande do Sul 6815 5673 -16,75%
São Paulo 177728 178025 0,16%
Tocantins 53514 53307 -0,38%
Fonte: IBGE – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

 

 Impacto dessas quedas na produção de ração.

 

De acordo com o Zootecnista da Granforte, Dowglas Alencar Ferreira, recentemente ele voltou a utilizar o sorgo para a produção de ração animal. Porém a sua produção ainda não foi afetada com a queda da produção de sorgo. O que houve foi uma mudança na utilização das matérias primas. Dowglas acredita que esta queda não irá afetar a sua produção de ração animal, uma vez que a indústria sempre busca alternativas. Talvez segundo ele o que pode ocorrer é um aumento nos custos da produção, mas isso é algo natural e esperado, o que provavelmente eleva um pouco o custo do produto final ao consumidor.

 

Por: Francine Seixas, Cenário Rural

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