O mercado interno de milho e soja apresentou uma semana volátil, com preços oscilando de acordo com as condições regionais. O milho, por exemplo, manteve-se estável em Sorriso (MT), com a saca negociada a R$ 50 a R$ 53, mas sofreu recuos em Rondonópolis e outras regiões do Sudeste. A pressão vem do avanço da colheita e da oferta elevada, mas há também sinais de suporte nos preços com o aumento das exportações.
Já a soja segue enfrentando variações atreladas à demanda internacional. No Paraná, uma das principais regiões produtoras, a saca de 60 kg foi negociada entre R$ 140 e R$ 150, dependendo da qualidade e localização. Em Mato Grosso, os preços permanecem abaixo de R$ 140, influenciados pela proximidade dos portos e custos logísticos.
A relação entre o câmbio e as exportações tem sido outro fator decisivo. A desvalorização recente do dólar frente ao real, cotado a R$ 4,80, reduz a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Por outro lado, incentiva o consumo interno, especialmente por indústrias de ração e biocombustíveis.
Os desafios climáticos também moldam o cenário. As chuvas irregulares em algumas regiões e o excesso de precipitação no Sul do Brasil impactam tanto a qualidade quanto a logística de escoamento. Para os próximos meses, produtores permanecem atentos às previsões meteorológicas e ao comportamento dos mercados globais.
Fontes consultadas: AgroLink, Mapa, Canal Rural.