Cenario Rural

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Preço do açúcar atinge o maior nível em cinco meses em Nova York

Os lotes de açucar demerara fecharam em alta de 2,26% nesta terça-feira (24/9) na bolsa de Nova York. Os preços encerraram em 23,12 centavos de libra-peso. De acordo com a Trading Economics, os futuros do açúcar estão no maior nível em cinco meses, em meio a preocupações com a oferta global.

“Incêndios devastadores na principal região produtora de açúcar do Brasil, São Paulo, destruíram uma área significativa de cana-de-açucar com estimativas sugerindo que até 5 milhões de toneladas de cana podem ter sido perdidas”, ressalta a consultoria. Houve uma revisão da produção de açúcar do Brasil para 2024/25, reduzida para 39,2 milhões de toneladas métricas, abaixo dos 40 milhões.

Paralelamente, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) projetou um défice global de açúcar para 2024/25 de 3,58 milhões de toneladas métricas, um aumento acentuado em relação ao défice de 200 mil toneladas em 2023/24. Além disso, existem preocupações sobre perturbações climáticas em outros produtores importantes, como a Índia e a Tailândia.

Café

Os papéis do café com vencimento para dezembro fecharam em queda de 0,69% na bolsa de Nova York. Os preços encerraram em US$ 2,678 a libra-peso.

O mercado de café no Brasil vive uma alta expressiva nos preços devido à seca adversa e o aumento da demanda global pela commodity, que são fundamentos que se consolidam nos últimos meses.

“A tendência de aumento de preço deve persistir nos próximos meses, com expectativa de novas elevações à medida que os efeitos climáticos continuem a impactar as safras futuras e a demanda global se mantenha aquecida”, gerente de inteligência de mercado da Scanntech, Caio Martine.

Segundo dados da Scanntech, líder em inteligência de varejo, o café moído, que responde por quase 80% do faturamento da categoria, apresentou forte elevação nos preços a partir do segundo trimestre de 2024.

Os preços no varejo brasileiro também já apresentam alta de 1,9%, segundo a empresa. Este cenário reflete o impacto direto da redução de oferta no Brasil.

Algodão

Os lotes do algodão ganharam 0,89% de valorização. Os preços encerraram em 74,09 centavos de dólar por libra-peso, permanecendo perto de seus níveis mais altos desde o final de junho, em meio a preocupações com a oferta global.

De acordo com a Trading Economics, os negociadores estão tentando monitorar o impacto potencial de um ciclone tropical perto de Cuba, o qual pode se transformar em um furacão e, então, ameaçar as principais regiões produtoras de algodão no Alabama, na Geórgia e na Flórida.

O risco é de prejudicar a qualidade do algodão, caso o furacão avance pelo Golfo.

Cacau

Os contratos com vencimento para dezembro do cacau fecharam o pregão em Nova York com valorização de 1,04%, cotado a US$ 7.690 a tonelada.

Os preços continuam suportados pelas condições climáticas nas principais regiões produtoras, como a Costa do Marfim e Gana. A seca ou chuvas irregulares podem afetar a colheita e a qualidade do cacau.

Por outro lado, a demanda por produtos de chocolate, especialmente em mercados emergentes e durante a temporada de festas, dá sinais de fortalecimento.

Investidores estão respondendo a essas condições com compras, o que pode impulsionar os preços devido à especulação.

Suco de laranja

O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) reverteu a queda de ontem e fechou as negociações na bolsa de Nova York em alta expressiva, de 3,07%.

A cotação encerrou em US$ 4,8905 a libra-peso para os contratos com vencimento em novembro. O movimento inverteu a curva do campo negativo para o positivo em um ajuste técnico de mercado

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