Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bioeconomia no Brasil atingiu R$ 2,7 trilhões, o que representa 25,3% do PIB nacional, conforme dados do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da FGV. A bioindústria foi o principal componente deste setor, respondendo por 46% (R$ 1,8 trilhão) do total. A bioeconomia primária, por sua vez, teve uma participação de 41% (R$ 1,1 trilhão). Em conjunto, essas atividades correspondem a 87% do PIB-Bio, indicando a relevância dessas áreas na economia brasileira.
O PIB da Bioeconomia apresentou um crescimento real de 1,03% em 2023, revertendo parte da queda registrada em 2022. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela expansão de 5,9% na bioeconomia primária, que abrange atividades como agricultura e extrativismo. No entanto, setores como a bioindústria e a bioenergia registraram retrações, refletindo desafios enfrentados por essas áreas, especialmente aquelas que dependem do mercado interno.
Entre 2010 e 2023, o PIB-Bio acumulou um crescimento real de 13,8%, com a bioeconomia primária ampliando sua participação no PIB-Bio de 32% em 2010 para 41% em 2023. Esse crescimento ocorreu apesar das crises econômicas e da pandemia de COVID-19, evidenciando a resiliência do setor. Cícero Lima, pesquisador da FGV, observa que a bioeconomia primária está ganhando espaço na economia brasileira, enquanto a bioindústria enfrenta dificuldades devido à sua dependência do mercado interno.
Esses dados destacam a importância de estratégias para fortalecer a bioindústria e outras atividades relacionadas, diversificando mercados e ampliando a competitividade do setor. O crescimento da bioeconomia primária reflete o potencial do Brasil em aproveitar seus recursos naturais de maneira sustentável, consolidando a bioeconomia como parte importante da economia nacional.
