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Petróleo volta a cair com possibilidade de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda de cerca de 1,5%, tocando no nível mais baixo em seis semanas, com expectativas de um cessar-fogo em Gaza e preocupações crescentes sobre a demanda na China.

Isso colocou ambos os referenciais de petróleo a caminho de seus fechamentos mais baixos desde 7 de junho. Também foi a primeira vez que os futuros do WTI caíram por quatro dias consecutivos desde o início de junho. O Brent caiu por três dias consecutivos.

No Oriente Médio, os esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista do Hamas, sob um plano delineado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em maio e mediado pelo Egito e pelo Catar, ganharam impulso no último mês.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse às famílias dos reféns mantidos em Gaza que um acordo para garantir sua libertação poderia estar próximo, mesmo com os combates ocorrendo no enclave palestino. Biden deve se encontrar com Netanyahu na quinta-feira na Casa Branca.

A guerra em Gaza deu suporte aos futuros do petróleo, com os investidores precificando o risco de possíveis interrupções no fornecimento global de petróleo nas principais regiões produtoras do Oriente Médio. O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iêmen, Hans Grundberg, alertou para um perigo real de uma escalada regional devastadora após novos ataques dos Houthis apoiados pelo Irã a embarcações comerciais e os primeiros ataques aéreos de Israel ao Iêmen em retaliação aos ataques de drones e mísseis dos Houthis a Israel.

Mas hoje, facções palestinas, incluindo os grupos terroristas rivais Hamas e Fatah, concordaram em acabar com suas divisões e formar um governo nacional de unidade provisória que sempre visa na destruição de Israel e nunca em governar os palestinos que ali habitam.

“As negociações de cessar-fogo no Oriente Médio e a perspectiva macroeconômica incerta na China estão exercendo pressão descendente sobre os preços do petróleo nesta semana”, disse Claudio Galimberti, diretor de análise de mercado global da Rystad.

“Os preços do petróleo nos próximos dias dependerão em grande parte das notícias econômicas da China, da probabilidade de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos e de como as negociações progredirão no Oriente Médio”, disse Galimberti.

Pesando também sobre os preços, o dólar fortaleceu-se para uma alta de nove dias em relação a outras moedas. Um dólar mais forte torna o petróleo mais caro em outros países, o que pode reduzir a demanda por combustível.

As apostas crescentes em cortes nas taxas de juros em setembro, no entanto, podem fornecer um piso para os preços do petróleo, já que custos de empréstimos mais baixos tendem a apoiar a demanda por petróleo. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, insinuou um possível corte nos juros em setembro, enquanto nos Estados Unidos, os investidores estão apostando que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também cortará as taxas de juros no mesmo mês.

A China surpreendeu os mercados ao cortar as principais taxas de juros de curto e longo prazo na segunda-feira, seu primeiro movimento amplo desde agosto passado, sinalizando a intenção de impulsionar o crescimento na segunda maior economia do mundo.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para setembro caiu 1,41%, cotado a US$ 77,29 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro caiu 1,23%, cotado a US$ 81,38 o barril.

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