Por José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)
O Brasil vai saindo do módulo OU para o módulo E. Ou seja, com inteligência científica e emocional brasileiros do agronegócio vão cristalizando aquilo que tem que ser feito. E numa cadeia produtiva muito observada e exigida, a bovinocultura, criaram o movimento pecuária legal.
Não adianta reclamar contra ambientalistas. Precisa integrar o meio ambiente na produção como a liga do Araguaia, no Mato Grosso, nascida dos próprios produtores rurais. E são projetos em parceria com organizações nacionais e internacionais. Destaco o exemplo baixo carbono monitorando 82 mil hectares de pastagem junto com a Dow.
Da mesma forma a Marfrig, uma das maiores companhias de proteína animal do mundo, assume doravante o compromisso com a sustentabilidade, a responsabilidade social, cria um sistema de monitoramento e de database, com blockchain, para assegurar aos consumidores finais do planeta que na sua rede de pecuaristas todos são absolutamente legais.
Não adianta reclamar contra quem pede para não derrubar árvores e não desmatar. Como a própria ministra Tereza Cristina diz: “podemos triplicar o Brasil de tamanho sem derrubar uma árvore”. Temos milhões de hectares de terras degradadas esperando pelas práticas da agricultura de baixo carbono, da integração lavoura pecuária e floresta (ILPF).
Exemplos do módulo E produção E meio ambiente não nos faltam, como da mesma forma a pecuária sustentável da Amazônia, dentre vários movimentos, mostrando que o Brasil pode e sabe. Pode, tem conhecimento e sabe fazer, tem know how para oferecer um produto único ao mundo.
Ser legal. Pecuária legal. Não adianta reclamar contra quem pede bem-estar animal. Precisa ser legal. Legal na lei e legal na moral. O mundo está marcado pela dor e sofrimento. Já contabilizamos mais de 100 mil mortes no Brasil, o vice-líder desse tenebroso placar.
Precisamos divulgar, promover ações de consciência humana, onde o lucro faz parte, mas a moral do lucro dependerá da sustentabilidade com a qual está sendo feito. A hora do agronegócio, hora da pecuária legal e da moral. Hora do módulo E, derrotando o velho módulo OU.
Sobre o CCAS
O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel.
Fonte: CCAS