Cenario Rural

Olá [current_user]! Seja bem-vindo(a)!

Nota conjunta MRE/Mapa sobre o embargo indevido do governo das Filipinas à carne de frango brasileira

O Paraná consolidou sua liderança na exportação de frango no País com mais um recorde nos embarques em 2015. Foram 1,481 milhão de toneladas exportadas, volume 15,17% maior do que em 2014, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Paraná representou 34% das exportações brasileiras, que somaram 4,304 milhões de toneladas no ano passado. 

Impulsionada pelos investimentos das cooperativas agropecuárias, pela integração com o produtor e o bom resultado na exportação, a avicultura paranaense cresce mesmo com a economia nacional encolhendo. “A avicultura paranaense atingiu um forte grau de especialização, com a conquista de mercados exigentes e ainda tem espaço para expansão no Estado”, diz Francisco Carlos Simioni, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. 

O setor respondeu por 20% das exportações do agronegócio do Paraná em 2015, de acordo com levantamento realizado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Os principais mercados da carne de frango foram Arábia Saudita (22%), União Europeia (13%), China (11%), Japão (9%) e Emirados Árabes (9%). 

A cadeia paranaense da avicultura abate cerca de 1,8 bilhão de aves por ano e gera 60 mil empregos diretos e cerca de 600 mil indiretos no Estado. Ao todo são 36 frigoríficos, a maioria na região Oeste, com uma produção de 3,6 milhões de toneladas, de acordo com o Deral. 

RECEITA - As exportações de carne de frango somaram US$ 2,37 bilhões no ano passado, com uma variação de 0,10% em relação a 2014. O crescimento menor em faturamento, apesar do aumento do volume, ocorreu porque houve, em média, uma queda de 13% no preço do frango comercializado no Exterior, explica a economista Tania Moreira, do departamento técnico e econômico da Faep. 

A queda dos preços em dólar, no entanto, foi compensada pela desv

Ogoverno da República das Filipinas impôs, recentemente, embargo temporário às importações de carne de frango originadas do Brasil, alegadamente em razão de possível risco de contaminação de consumidores com o vírus SARS-CoV-2.

O governo do Brasil insta o governo das Filipinas a que esse embargo seja retirado imediatamente.

Todas as recomendações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Codex Alimentarius indicam que alimentos e suas embalagens não constituem vetores de transmissão do COVID-19. Há, na verdade, consenso entre a comunidade científica internacional, agências de classificação de risco e autoridades sanitárias no mundo, segundo o qual o vírus SARS-CoV-2 não é transmissível pelo comércio de alimentos.

Nesse contexto, as Filipinas são, atualmente, o único país a impor qualquer restrição à carne de frango brasileira em razão do suposto risco de transmissão do SARS-CoV-2, sem, no entanto, haver apresentado evidência científica para justificar sua decisão.

O Brasil tem sempre colaborado de modo construtivo, aberto e transparente, com seus parceiros comerciais e nações amigas, especialmente neste momento delicado de pandemia. Nesse espírito, as autoridades brasileiras atuaram rapidamente e responderam a todos os questionamentos das contrapartes filipinas, tendo fornecido documentação detalhada sobre regulamentação, orientações e protocolos cumpridos pelas empresas brasileiras do setor de alimentos.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil tem adotado medidas preventivas para assegurar não apenas o mais alto nível de segurança sanitária e epidemiológica nos estabelecimentos de processamento de carnes, como também o fornecimento contínuo de alimentos seguros para a sociedade. Mesmo diante da pandemia, as inspeções sanitárias em estabelecimentos da cadeia de produção prosseguiram de modo completo e abrangente, a fim de garantir os padrões relativos à saúde pública e dos trabalhadores e a segurança do alimento.

O atual embargo do governo filipino às importações brasileiras de carne de frango não seguiu os princípios nem os ritos, necessários e mandatórios, previstos no Artigo 5 do Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que representa clara violação desse Artigo do Acordo.

O governo do Brasil tem trabalhado por solução rápida e construtiva para o caso, de modo bilateral. Entretanto, é forçoso reafirmar publicamente que: não há evidência científica para que se alegue risco de contaminação de seres humanos com o vírus SARS-CoV-2 por meio de alimentos de qualquer tipo; o governo filipino tampouco apresentou evidência para justificar a decisão de proibir a importação da carne de frango; e os passos mandatórios, segundo o Artigo 5 do Acordo SPS da OMC, foram desconsiderados no caso em tela. Em função disso, o Brasil tomará as devidas medidas junto à Organização Mundial do Comércio, caso o governo filipino não remova o referido embargo às importações de carne de frango ou não apresente de imediato justificativa científica confiável para a manutenção da restrição.

O Brasil permanece fortemente comprometido com o fornecimento de produtos alimentícios sustentáveis e seguros da mais alta qualidade para seus cidadãos e para seus parceiros comerciais, e com o seguimento estrito das melhores práticas, alinhado às recomendações da comunidade científica internacional.

No espírito de parceria, e com vistas à manutenção de um comércio de alimentos estável e seguro, o Brasil exorta, uma vez mais, o governo das Filipinas a remover imediatamente o embargo.

Fonte: Mapa

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *