Reportagem do Caderno Agro, do Estadão, repercute análise do CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono. A falta de água e os efeitos climáticos já apresentam uma queda na produtividade da cana, com uma diminuição acumulada de 7,2% nesta safra em comparação com a anterior. O déficit hídrico é o pior em 25 anos, afetando o desenvolvimento das lavouras. Apesar disso, a colheita de açúcar no Brasil continua forte, com exportações superando médias históricas.
Mesmo que as queimadas tenham reduzido a pureza do caldo de cana, o impacto total na produção não deve ser catastrófico, com a SCA Brasil prevendo uma colheita de 80 milhões de toneladas em setembro, uma queda de 7,9% em relação ao ano anterior. O CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono acredita que a produção não ficará abaixo de 600 milhões de toneladas nesta temporada, apesar dos desafios enfrentados.
As queimadas em diversos estados brasileiros, especialmente em São Paulo, impactaram significativamente a agricultura, com a cana-de-açúcar sendo uma das culturas mais afetadas. A Orplana reportou que mais de 181 mil hectares de cana foram queimados, resultando em perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão. Enquanto os preços do açúcar sobem na Bolsa de Nova Iorque, o etanol mantém-se pressionado por causa da oferta nas usinas.