Segundo informações do Cepea, a previsão de chuvas em importantes regiões produtoras do Brasil tem renovado as expectativas no mercado de soja em grão.
Com o avanço do calendário da safra 2024/25, espera-se que o clima favorável impulsione a semeadura e pressione as cotações para baixo. Entretanto, o momento atual ainda é de baixa liquidez nas negociações, uma vez que indústrias brasileiras estão adotando uma postura cautelosa nas aquisições.
Parte da demanda interna e externa está voltada para a oleaginosa dos Estados Unidos, aumentando a incerteza no mercado doméstico.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, compradores estão aguardando definições climáticas mais consistentes antes de fechar grandes contratos, mantendo a expectativa de que uma janela climática positiva facilite a oferta e alivie os preços nos próximos meses.
As exportações brasileiras de soja apresentaram um recuo significativo em setembro. Foram embarcadas 6,1 milhões de toneladas, volume 24% menor que o registrado em agosto e 4,5% inferior ao de setembro de 2023. Esse desempenho também representa o menor volume mensal exportado desde janeiro deste ano.
Apesar da queda mensal, o acumulado de 2024 aponta um cenário favorável: de janeiro a setembro, o Brasil exportou 89,54 milhões de toneladas de soja, um recorde e 2,6% superior ao volume embarcado no mesmo período de 2023.
Esse desempenho reforça a relevância do Brasil como líder no mercado global da oleaginosa, mesmo em um cenário de desafios climáticos e de demanda variável.
Com a previsão de chuvas à frente e o mercado ainda oscilando, produtores e compradores acompanham de perto a evolução do clima e os impactos nos preços para definir as próximas estratégias na safra 2024/25.