A queda da demanda provocada pelo aparecimento da Covid-19, aliada à redução das compras feitas pela Europa e por alguns países da Ásia e ao recuo de 10% nas receitas com exportação registrados em 2019, pintaram um cenário preocupante para o mercado de celulose brasileiro.
Entretanto, projeções do Outlook Fiesp 2029 mostram que esses desafios de curto prazo não devem tirar do Brasil o posto de maior fornecedor global do produto. Estima-se que a área plantada com florestas no país manterá o ritmo de crescimento para atender à capacidade instalada das plantas colocadas em operação em anos recentes, assim como dos novos projetos em andamento.
As projeções do levantamento produzido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que 3 milhões de hectares de eucalipto para a produção de celulose serão plantados em 2029, o que representa um crescimento de 11% da área plantada em 2018. Espera-se ainda que 27,3 milhões de toneladas de celulose sejam produzidas e 4,4 milhões de toneladas, consumidas, internamente, ou seja, aumento de 30% e 22%, respectivamente, em relação ao mesmo período.
O Brasil também poderá tirar vantagem da alta competitividade e capacidade de oferta que possui no mercado fibra curta de eucalipto, matéria-prima usada na fabricação de papéis sanitários e cujo consumo deve permanecer em crescimento na China nos próximos anos. De forma geral, espera-se que o Brasil irá exportar 20,3 milhões de toneladas líquidas de celulose em 2029, um crescimento de 40% em relação a 2018.
Fonte:Fiesp