O mercado de açúcar no Brasil vive um momento de alta expressiva. Isso ocorre principalmente devido às projeções de queda na produção na região Centro-Sul, que responde por uma grande parte da produção nacional de cana-de-açúcar. A área enfrenta condições climáticas adversas. Em alguns períodos, a seca prolongada foi seguida por chuvas intensas, prejudicando o ciclo de colheita. Como resultado, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) estima que a safra será menor do que o esperado. Assim, as cotações subiram tanto no mercado interno quanto no externo.
No entanto, a instabilidade climática não é o único problema. Além disso, problemas logísticos afetam a distribuição. O escoamento é dificultado por estradas em más condições. Outro fator importante é o aumento nos custos de produção. A alta do dólar encareceu os insumos agrícolas, agravando ainda mais a situação. Pequenos e médios produtores são os mais impactados por esses custos elevados. Por isso, analistas do setor preveem que os preços continuarão altos até o final da safra.
Por outro lado, essa alta beneficia os produtores que conseguem exportar. Mas o reflexo no mercado interno preocupa. Consumidores e empresas que dependem do açúcar enfrentam preços maiores. A indústria alimentícia já sinalizou que, em breve, esses custos elevados podem ser repassados aos produtos finais, como doces e bebidas. Enquanto isso, a busca por alternativas ganha força. Muitos produtores discutem o aumento da produção de etanol como uma forma de diversificar a renda, já que o cenário permanece incerto.
Fontes: Canal Rural; Notícias Agrícolas
