Com o dólar em alta, muitos empresários brasileiros estão considerando a internacionalização de seus negócios. Miriam Vale, professora da FECAP, ressalta que essa decisão deve estar alinhada à estratégia da empresa, pois os cenários variam conforme o setor econômico e o mercado-alvo. Ela recomenda buscar apoio de instituições governamentais, estudar o mercado desejado e optar por parcerias em vez de investimentos diretos.
“A principal dica para quem quer internacionalizar seu negócio é buscar suporte de instituições governamentais e estudar o mercado-alvo antes de se lançar nessa empreitada. Outra questão é pensar em parceiros em vez de investir diretamente em uma localidade. Portanto, o indicado seria começar exportando, em vez de abrir uma loja, por exemplo. Além disso, é melhor começar devagar e concentrar esforços em um determinado país”, afirma Miriam.
Ela destaca que, para a internacionalização, o primeiro passo é verificar a saúde financeira da empresa, pois o processo requer investimento. É essencial adaptar a embalagem, a comunicação do produto e participar de eventos internacionais para atrair clientes. Embora desafiador, o caminho é viável se alinhado à estratégia da empresa. Analisar o comércio internacional do produto é crucial para identificar mercados potenciais e focar em eventos e empresas nesses locais.
“Isso significa que praticamos as mesmas tarifações para produtos, mas os requerimentos regulatórios podem ser outros. Por exemplo, quando tivemos a compra das vacinas contra a Covid-19, no Brasil, as empresas tiveram que ter seu produto aprovado pela Anvisa. Na Argentina, também tivemos que ter aprovação do órgão competente, mas vejam que curioso: a vacina Sputnik, russa, foi aprovada no nosso vizinho e aqui não. Isso significa que as barreiras regulatórias ainda não são iguais entre nós”, exemplifica a docente.
