Cenario Rural

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Grupos de pecuaristas de MT e MS se opõem à importação de gado do Paraguai

Associações de criadores dizem que medida pode comprometer status sanitário do gado brasileiro. Estados respondem por quase 24% do rebanho total do país

Um grupo comercial que representa frigoríficos no Brasil pediu autorização ao Ministério da Agricultura para importar gado do Paraguai, o que atraiu críticas de pecuaristas brasileiros, disseram duas associações rurais na quarta-feira (24/2). O pedido para importação de gado vivo do país vizinho, realizado por um grupo com sede em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira a leste com o Paraguai, ocorre após a disponibilidade de gado no Brasil diminuir nos últimos meses, devido à forte demanda das processadoras de carne. Mas a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que representam pecuaristas nos respectivos Estados, disseram se opor à medida, pois poderia comprometer o status sanitário do gado produzido no Brasil, que possui o maior rebanho comercial do mundo. Os dois Estados possuem cerca de 51 milhões de cabeças de gado, o que corresponde a quase 24% do rebanho total do Brasil, segundo dados do governo. Embora Brasil e Paraguai sejam considerados livres de febre aftosa com vacinação, segundo a Organização Mundial da Saúde Animal, a Acrissul e a Acrimat disseram que garantir o status sanitário do gado importado do Paraguai seria um desafio. O custo do gado brasileiro aumentou conforme o país, maior exportador mundial de carne bovina, vendeu volumes recordes da proteína a países como a China no ano passado, reduzindo as ofertas e causando uma alta nos preços domésticos do animal. Matheus Andrade, um consultor de relações internacionais, afirmou que a importação de gado exigiria a emissão de um certificado internacional de saúde animal pelo Ministério da Agricultura. Esse movimento poderia gerar um precedente, potencialmente abrindo o caminho para a emissão de certificados semelhantes. Este movimento poderia gerar um precedente, potencialmente abrindo o caminho para a emissão de certificados semelhantes em nome de outros países exportadores de gado, disse ele.

Leia a notícia na íntegra no Abrafrigo

REUTERS

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