Nova liderança conservadora promete reequilibrar política interna alemã e fortalecer papel da Alemanha frente às tensões globais.
Transição de Governo Marca Novo Ciclo na Alemanha
Friederich Merz, líder da coalizão CDU/CSU, foi oficialmente eleito chanceler da Alemanha, encerrando a gestão de Olaf Scholz (SPD). A eleição ocorreu após semanas de intensas negociações parlamentares e marca o retorno da centro-direita ao comando do governo alemão. Merz, conhecido por sua firmeza fiscal e críticas à política energética anterior, assume em um momento de incerteza geopolítica e desafios econômicos.
Apoio Internacional e Diplomacia Ativa
A eleição de Merz foi saudada por líderes internacionais, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou a importância da parceria Brasil-Alemanha para a promoção do multilateralismo, meio ambiente e cooperação Sul-Norte. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy também parabenizou Merz, manifestando esperança na continuidade do apoio alemão à Ucrânia.
Entre as prioridades de Merz estão a revisão da política energética — com ênfase na segurança e diversificação de fontes —, o fortalecimento da indústria alemã em meio à competição global e o aumento do orçamento de defesa, alinhado às exigências da OTAN. Ele também promete reforçar o papel da Alemanha na integração europeia e manter a postura crítica frente à expansão chinesa.
Repercussão Doméstica e Equilíbrio de Poder
A chegada de Merz ao poder sinaliza uma guinada mais conservadora na política alemã, com promessas de reformas fiscais, descentralização administrativa e endurecimento nas políticas migratórias. No Parlamento, a coalizão CDU/CSU terá que negociar com outras forças políticas para garantir governabilidade, em um cenário de crescente polarização política.
Nova Fase da Liderança Alemã no Pós-Scholz
Friederich Merz assume o posto de chanceler com a missão de reposicionar a Alemanha como pilar da estabilidade europeia e ator chave na geopolítica global. Sua gestão será observada de perto por aliados e adversários, à medida que Berlim tenta manter o equilíbrio entre pragmatismo econômico, compromisso ambiental e protagonismo internacional.
Fontes: Der Spiegel, Deutsche Welle, Bloomberg, Reuters, Politico Europe, El País, Agência EFE, G1 Internacional