A China, o maior destino da soja brasileira, surpreendeu ao anunciar a imposição de novas tarifas de importação sobre o grão. Essa medida, que busca proteger os agricultores locais e diminuir a dependência externa, representa um golpe para o agronegócio brasileiro. Com a nova tarifação, especialistas do setor estimam que o volume de soja exportada para a China possa cair em até 20% nos próximos meses. As tarifas foram implementadas após o governo chinês alertar sobre o aumento de seus estoques e a intensificação de sua produção doméstica.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) alerta que essa barreira comercial pode trazer consequências significativas para os produtores de soja no Brasil, especialmente em Mato Grosso e no Centro-Oeste, onde a soja é a base econômica de milhares de propriedades. “Precisamos explorar novos mercados e reduzir a dependência chinesa,” afirma um representante da ABIOVE. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) sugere que o Brasil fortaleça suas relações com o Oriente Médio e a União Europeia para compensar possíveis perdas e preservar a competitividade do setor.
Fontes: AgroEstadão, InfoMoney