O mercado de carne suína do Brasil está em plena expansão, com as exportações batendo recordes em 2024, impulsionadas principalmente pela crescente demanda de países asiáticos como China, Filipinas e Vietnã. Esses países, afetados pela Peste Suína Africana (PSA), continuam enfrentando problemas em suas produções locais, o que abre uma janela de oportunidades para os exportadores brasileiros. Em 2024, o Brasil se consolidou como um dos maiores exportadores de carne suína do mundo, com aumento de 12% no volume exportado nos primeiros nove meses do ano.
No entanto, com o crescimento das exportações, surgem preocupações relacionadas à biossegurança e à proteção contra a PSA, uma doença que ainda não chegou ao Brasil, mas que continua a ser uma ameaça significativa. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) intensificou os esforços de monitoramento nas fronteiras e nos portos para garantir que a Peste Suína Africana não entre no país. Além disso, os protocolos de biossegurança em granjas e plantas frigoríficas foram reforçados, com treinamento dos funcionários e adoção de medidas rigorosas para prevenir a propagação de doenças.
Os produtores e exportadores de carne suína no Brasil estão atentos a esses riscos, já que a chegada da PSA ao país teria um impacto devastador no setor. A manutenção do status de zona livre de doenças é crucial para garantir a continuidade das exportações e a expansão em mercados internacionais, principalmente em regiões da Ásia e da União Europeia, que valorizam a carne brasileira pela sua qualidade e competitividade de preços.
Outro fator importante para o sucesso das exportações é o investimento em tecnologia e inovação no setor. Grandes frigoríficos e produtores estão investindo em sistemas de rastreabilidade, que garantem maior controle sobre a produção e reforçam a confiança dos mercados compradores. Além disso, o Brasil está se destacando na exportação de cortes de carne suína de maior valor agregado, o que melhora a rentabilidade dos produtores e fortalece a posição do país no cenário global.
Fontes: Agron Negócios, Scot Consultoria
