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Embrapa avalia qualidade do óleo de palma produzido em Mato Grosso

Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), vai conhecer as características químicas do óleo produzido em cultivos de palma de óleo (dendezeiro) em Mato Grosso. O objetivo é indicar o melhor uso para o produto, uma vez que este óleo tem múltiplas funções, seja como biocombustível, na culinária, como matéria prima para cosméticos, entre outros.

A pesquisa será custeada por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED) liberado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o desenvolvimento de pesquisas com a produção de palma de óleo (dendê) irrigado em regiões de transição entre Cerrado e Amazônia, no valor de R$ 138.900. O projeto será executado em 12 meses.

“Com a análise do perfil lipídico, a gente vê os possíveis usos do óleo. Se é mais estratégico usar para fim energético, alimentício, cosmético, ou mesmo outros usos como produção de biofilme para nanotecnologia”, explica a pesquisadora da Embrapa Vanessa Quitete.

Além de caracterizar o óleo produzido, o recurso destinado pelo Mapa também possibilitará a continuidade das pesquisas sobre manejo hídrico da palma de óleo nas condições edafoclimáticas de Mato Grosso.

Em um experimento de cerca de 3 hectares, instalado na Embrapa Agrossilvipastoril em 2012, estão sendo avaliadas duas cultivares de palma e óleo, manejadas com 80, 60, 40, 20 e 0% da disponibilidade total de água no solo. O objetivo é o de gerar recomendações sobre o manejo hídrico mais adequado para as condições edafoclimáticas de Mato Grosso.

“Também vamos fazer a relação entre os diferentes tratamentos, e ver se o estresse hídrico interfere na qualidade do óleo. Como não há trabalhos sobre isso na literatura, achamos importante investigar”, explica Vanessa Quitete.

Nesta pesquisa também serão desenvolvidas atividades em parceria com o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), que mantém em Rondonópolis um experimento com 12 cultivares de palma de óleo sem irrigação. Nesse caso, as informações obtidas serão sobre a produtividade e adaptabilidade de cada cultivar.

 

Palma de óleo

Palma de óleo é o nome usado no meio técnico para a espécie Elaeis guineensis Jacq, que popularmente ficou conhecida como dendezeiro. Trata-se de uma palmeira, originária da África, que produz um óleo com múltiplos usos, seja na indústria de alimentos, cosméticos, higiene e limpeza, agroenergia e biocombustíveis.

No Brasil a palma começou a ser cultivada no Rio de Janeiro e na Bahia, mas foi na região Amazônica que melhor se adaptou. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), em 2015 o país possuía 236.252 hectares com cultivo de palma de óleo, sendo mais de 207 mil hectares no Pará.

O Brasil é o nono maior produtor de óleo de palma, com cerca de 300 mil toneladas por ano. Indonésia, com 25,4 milhões de toneladas, é o maior produtor mundial, seguido pela Malásia, com 18,48 milhões de toneladas. Juntos, os dois países asiáticos respondem por 84% da produção mundial.

Fonte: Embrapa

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