O dólar fechou em queda ante o real na terça-feira, começando setembro repercutindo sinais benignos do governo com relação à agenda de reformas e de equilíbrio fiscal em dia de PIB no Brasil, enquanto no exterior a moeda norte-americana seguiu em trajetória de baixa
Na B3, o dólar futuro recuava 2,18%, a 5,3780 reais, às 17h01. O mercado gostou de sinais do presidente Jair Bolsonaro sobre envio da reforma administrativa ao Congresso na próxima quinta-feira, depois de sucessivos adiamentos e muita resistência por parte do próprio presidente. Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mencionando orientação dada por Bolsonaro, disse que o Renda Brasil, que está sendo gestado para reunir programas sociais numa só iniciativa, será estudado por mais tempo e deverá mirar o andar de cima para reforçar o andar de baixo. Ainda nesta terça, Bolsonaro anunciou que o valor do auxílio emergencial que será pago pelo governo federal a vulneráveis até o final do ano por causa da pandemia de coronavírus será de 300 reais mensais. “(Isso) é sinal de que, se houver boa vontade, o dólar responde em uma magnitude maior”, disse um experiente profissional em trade de dólar. O mercado vinha nas últimas semanas elevando prêmios de risco diante de temores de postura fiscal mais leniente da parte do governo e de perda de influência de Guedes em meio a pressões por setores do Executivo por mais gastos. O sinal positivo do lado fiscal emitido nesta terça por Bolsonaro junto a Guedes ocorreu no mesmo dia em que o IBGE reportou tombo de 9,7% na economia brasileira no segundo trimestre sobre o primeiro –resultado pior que o esperado. Ainda assim, predomina no mercado análise de que a economia segue em recuperação, qualificada pelo economista do Itaú Unibanco Luka Barbosa como “robusta”. O UBS Brasil elevou a projeção para o desempenho da economia no terceiro trimestre e no ano de 2020 como um todo.
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Fonte: REUTERS