O dólar fechou em queda na quinta-feira, numa correção depois do salto da véspera
Sem fugir do padrão, os negócios mostraram instabilidade. O dólar abriu em leve queda, foi a mínimas depois do discurso do chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, tomou fôlego na sequência e cravou a máxima do dia. O mercado à vista encerrou com a moeda em baixa de 0,60%, a 5,5789 reais na venda. Operadores comentaram nesta sessão sobre desmonte de operações casadas de venda de taxa de juros futuros (DI)/compra de dólar. Essa estratégia mantém o investidor apostando em novas quedas dos juros, mas com proteção via compra de dólar. Com sinais de alguma inflação e recorrentes incertezas fiscais, a leitura é que a convicção do mercado na permanência da Selic (atualmente em 2%) em nível tão baixo parece em alguma medida abalada, o que estimula reversão do citado “trade” nos mercados de câmbio e juros. “O vaivém do dólar mostra que o mercado não consegue ter elementos para traçar uma linha de racionalidade”, disse Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora. “Por ora, o que parece mesmo é que não há sinal mais firme sobre evolução de uma agenda de reformas que vise contenção de gastos, e isso mantém a incerteza e a volatilidade”, acrescentou. Powell, do Fed, apresentou nesta quinta-feira uma nova estratégia agressiva para levar os Estados Unidos de volta ao pleno emprego e conduzir a inflação a níveis mais saudáveis. De acordo com a nova abordagem, o Fed buscará atingir uma inflação média de 2%, compensando períodos abaixo de 2% com uma inflação mais alta “por algum tempo”, e garantir que o emprego não fique aquém de seu nível máximo.
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Fonte: REUTERS