Desempenho da Moeda e Fatores Internos
O dólar encerrou a segunda-feira, 18 de novembro de 2024, com leve desvalorização frente ao real, refletindo as expectativas do mercado em relação ao aguardado pacote fiscal prometido pelo governo brasileiro. Às 9h19, o dólar à vista caiu 0,21%, sendo negociado a R$ 5,7741, enquanto o contrato futuro na B3 recuou 0,07%, fechando em R$ 5,785.
Esse movimento foi influenciado pela demora no anúncio das medidas fiscais, comprometidas pelo governo após o segundo turno das eleições municipais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o pacote já está praticamente finalizado, dependendo apenas da validação do Ministério da Defesa. O mercado, entretanto, segue ansioso, considerando que essas medidas são cruciais para a estabilidade macroeconômica e a redução do déficit fiscal.
Cenário Internacional
No mercado externo, o dólar também registrou perdas em uma sessão marcada pela expectativa de definições no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Investidores aguardam o anúncio do novo secretário do Tesouro norte-americano, o que pode influenciar as políticas econômicas globais. Além disso, a recuperação de outras moedas emergentes ajudou a enfraquecer a cotação da moeda americana.
Ajustes em Projeções Econômicas
Enquanto o governo brasileiro finaliza seu pacote fiscal, analistas consultados pelo Banco Central revisaram suas projeções para os principais indicadores econômicos. A Selic, atualmente em 11,75%, deve permanecer elevada até que o arcabouço fiscal demonstre resultados concretos. Por outro lado, a cotação do dólar é projetada para alcançar R$ 5,60 em 2024, refletindo um cenário de volatilidade controlada.
Esses ajustes reforçam a necessidade de uma abordagem fiscal sólida para evitar pressões inflacionárias adicionais e atrair investidores estrangeiros. Um plano crível e detalhado pelo governo pode gerar um impacto positivo na economia brasileira.
Análise e Perspectivas
Embora a redução no valor do dólar frente ao real seja um sinal positivo, especialistas alertam que a estabilidade econômica dependerá da execução eficaz das medidas fiscais. A credibilidade do governo será testada nos próximos meses, enquanto o mercado financeiro mantém um tom cauteloso, à espera de decisões concretas.
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