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Dólar fecha em alta de mais de 1% e renova máxima em 3 semanas

O dólar emendou a terceira alta consecutiva na terça-feira, com o mercado abalado por alertas sobre riscos à economia dos Estados Unidos em meio a persistentes efeitos da pandemia. A ausência de notícias melhores no plano doméstico abriu caminho para o dólar seguir o exterior e fechar em alta de mais de 1%.

No mercado à vista, a cotação avançou 1,26%, a 5,4682 reais na venda, nova máxima desde 31 de agosto (5,4807 reais). A tomada de fôlego do ativo coincidiu com o início da fala do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em audiência em comitê da Câmara dos Deputados dos EUA. Powell voltou a adotar um tom geral mais sombrio sobre as perspectivas econômicas e disse que “o caminho à frente continua sendo altamente incerto” e mais uma vez citou a importância de aprovação de novo estímulo fiscal. Também nesta terça, o Presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que a economia dos EUA corre risco de enfrentar uma recuperação mais longa e lenta, se não outra recessão total, caso o Congresso não aprove um pacote fiscal, citando ainda chances de alta de juros mesmo que a inflação não alcance 2%. O dólar saltava 0,4% ante uma cesta de moedas, indo às máximas em quase dois meses. Fernando Bergallo, CEO da FB Capital, afirmou ainda que o discurso do Presidente norte-americano, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU –com tom ainda beligerante em relação à China– acabou elevando o desconforto do mercado, uma vez que mostra que a relação entre as duas maiores potências do mundo segue instável. “E aqui seguimos sem notícias boas, ainda com a sombra da possibilidade de furo do teto de gastos. Mesmo sem atualização negativa (no noticiário), o mix todo de sinais ainda é ruim”, afirmou. Em entrevista à Reuters, o Secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse que o Brasil não conta com espaço para errar na gestão das contas públicas no pós-pandemia. A declaração vem em meio a dias de intensa pressão no mercado de renda fixa por apreensão sobre a trajetória da dívida.

Leia a notícia na íntegra no Abrafrigo

Fonte:REUTERS

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