Há uma turbulência no mercado dos créditos de descarbonização (CBios), vinculados ao RenovaBio, observa o Itaú BBA. Em relatório de monitoramento do programa, o banco afirma que as flutuações são causadas por rumores de que as distribuidoras estariam procurando defesa jurídica contra suas metas, definidas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), em meados de julho, havia 12 liminares vigentes. Apresentadas por distribuidoras, as determinações desobrigam essas empresas de cumprir seus objetivos individuais. Além disso, fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que a Ipiranga e a Vibra também estariam prontas para questionar o RenovaBio na justiça.
Conforme o relatório, essas notícias levaram a uma queda nas cotações dos CBios. Na segunda quinzena de julho, os títulos custaram, em média, R$ 74,13, retração de 2,4% ante o início do mês. O valor também estava 22,2% menor do que a média do ano, de R$ 95,28.
O objetivo estipulado pela ANP para 2024 é de 46,37 milhões de créditos, mas o Itaú BBA não acredita que o montante será atingido até dezembro. “A taxa média de cumprimento das metas nunca foi integral nos anos de existência”, aponta.
Confira no texto completo (exclusivo para assinantes NovaCana), os cenários traçados pelo banco e o contexto atual do mercado de CBios.