Mato Grosso do Sul chega aos seus 43 anos em uma posição privilegiada quando o assunto é potencial agrícola. Com um histórico de sucessivos recordes na safra de soja, em 30 anos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado cresceu 150% em área, 135% em produtividade e 437% na produção. Este é o tema da editoria #MercadoAgropecuário desta segunda-feira (12).
Na temporada 2019/2020, a área plantada do grão foi de 3,389 milhões de hectares, com produtividade média de 55,7 sacas por hectare, o que conferiu produção total de 11,3 milhões de toneladas. Em sete anos, a produção cresceu 85,14%, a área plantada 55,46% e a produtividade 19,27%.
A estimativa é que Mato Grosso do Sul registre índice de crescimento de área cada vez maior.
“Um avanço que demonstra o quanto os produtores estão adotando novas tecnologias no campo, e que há uma mudança do uso do solo, por meio da entrada da sojicultura em áreas anteriormente ocupadas com pastagens, muitas com algum nível de degradação. Essa situação reafirma a sustentabilidade no processo de expansão da cultura”, afirma a analista técnica do Sistema Famasul, Tamíris Azoia.
Considerando eventuais intempéries, para o primeiro momento, a previsão de produtividade média é de 53 sacas por hectare com produção de 11,5 milhões de toneladas.
Exportação
Em 2019, o estado exportou 3,2 milhões de toneladas e registrou receita de U$ 1,1 bilhão, números que dão o 7º lugar no ranking nacional de exportação. Para se ter uma ideia, a comercialização do último ciclo alcançou 98% e da safra 2020/2021 já foi vendido 51,45%.
“Os dados são justificados com o aumento substancial do principal cliente sul-mato-grossense, a China. Refletem o impasse comercial entre o país asiático e os Estados Unidos, e rendem números expressivos também para o Brasil, com 124 milhões de toneladas de oleaginosa”, explica a analista técnica, Bruna Dias.
Mesmo com tantas incertezas provocadas pelo período de pandemia, a projeção é positiva para a safra 2020/2021 de soja no estado. No comparativo de janeiro a setembro de 2020 com o mesmo período do ano passado, o preço do grão valorizou 40%.
“Embora existam efeitos negativos do vírus, os produtos agropecuários são base na hierarquia de necessidades da população e por isso existe a sustentação da demanda doméstica. O mercado externo continuará aquecido, motivado pelo percentual comercializado até o momento”, explica.
Fonte: CNA Brasil