Segundo o Usda, setor terá aumento de demandas interna e externa, além de melhorar margens
Mais uma vez, o setor terá boas margens. A estimativa é de João Silva, do escritório do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em Brasília. Na avaliação dele, a produção de carne bovina deverá atingir 10,5 milhões de toneladas, com crescimento de 4%. O setor de suínos também terá bom desempenho no próximo ano. A produção somará 4,3 milhões de toneladas, e a evolução será de 4,5% em relação a este ano. O desempenho desses dois setores será sustentado tanto interna como externamente. No país, a perspectiva é de um crescimento de 3,5% da economia e da manutenção estável do desemprego, embora em taxas elevadas. A inflação baixa, o retorno da demanda da cadeia de alimentação fora do lar e a relativa recuperação do poder aquisitivo do consumidor também cooperam para a boa evolução do setor. Do lado externo, os preços estarão favoráveis, a demanda continuará e a taxa de câmbio manterá os produtos brasileiros competitivos. Além das compras chinesas, o país deverá contar com o retorno de mercados tradicionais, que reduziram as importações neste ano. Um fato positivo para a cadeia de proteínas no Brasil, segundo a avaliação do técnico do Usda, são os custos da ração. Deverão permanecer estáveis. Silva aponta, no entanto, algumas incertezas. Entre elas estão a flutuação da taxa de câmbio, a fragilidade da recuperação da economia mundial e um possível ressurgimento da Covid-19. Os exportadores brasileiros, principalmente os do setor de carne bovina, vão se defrontar também com o tema do desmatamento ilegal, dos incêndios e da necessidade de determinar a origem dos animais. Para Silva, as exportações de carne bovina podem atingir o recorde de 2,7 milhões de toneladas em 2021. As suínas, também recordes, sobem para 1,12 milhão.
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Fonte: Folha de SP