De acordo com um relatório do Rabobank, apesar da recessão econômica global ter impactado o consumo em países desenvolvidos, a demanda global de café cresceu 0,7% ao ano entre 2018 e 2023. Em meio a desafios na oferta global, o Brasil tem aumentado suas exportações de café canéfora (robusta/conilon), que se destaca por seu maior teor de cafeína, resistência a doenças e margens elevadas.
Esse tipo de café, versátil e de baixo custo, tem ganhado popularidade, especialmente em produtos como cafés gelados, prontos para beber e em blends de torrado e moído.
O café solúvel, que depende fortemente do robusta, continua sendo o formato mais relevante, representando 23% do consumo global.
As expectativas de crescimento são promissoras, especialmente em mercados como Ásia, América Latina, Oriente Médio e África. No Brasil, a indústria de café solúvel, com foco no Espírito Santo, tem recebido investimentos estratégicos significativos, impulsionados pela crescente demanda global e doméstica, à medida que o Vietnã, tradicional grande produtor, vê sua oferta reduzir.
Com investimentos superiores a R$ 1,5 bilhão e uma estratégia voltada para a exportação, o Brasil está se consolidando como líder no mercado de robusta. Projeções indicam que o país pode se tornar o maior produtor mundial deste tipo de café na próxima década, apoiado por inovações agrícolas e práticas sustentáveis.
O setor apresenta oportunidades atraentes para investidores em diferentes pontos da cadeia de suprimentos, além de oferecer um grande potencial para o aumento da produção e rentabilidade dos cafeicultores brasileiros.
Com a demanda global em alta, o café robusta do Brasil está em uma posição privilegiada para continuar sua expansão, fortalecendo sua presença no mercado internacional e consolidando-se como um pilar fundamental para a economia do país.