Aos 63 anos, Raimundo Madeira teve a oportunidade de usar um computador pela primeira vez e, isso aconteceu durante o curso de Inclusão Digital Rural, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT) em parceria com o Sindicato Rural de Vera.
A estimativa é que cerca de 500 pessoas participem deste treinamento ainda em 2020, o que indica uma alta procura por capacitação no último bimestre do ano.
Para Raimundo Madeira, o curso foi apenas uma porta de entrada para o conhecimento. “Aprendi a escrever e a fazer contas no computador e agora quero comprar um para poder pegar prática”, afirma.
Estão previstos 55 treinamentos de Inclusão Digital Rural dos níveis básico e intermediário, em mais de 20 cidades mato-grossenses até o final de 2020. Ao todo, o Senar-MT prevê a realização de mais de 800 ações educacionais ainda neste ano em parceria com os 93 sindicatos rurais de Mato Grosso.
Os interessados em se qualificar devem procurar o sindicato rural do seu município para verificar a disponibilidade do treinamento e de vagas.
Planejamento – Segundo o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, a busca por qualificação ocorre após um longo período de suspensão das atividades em função da pandemia da Covid-19. O presidente acrescenta que a retomada deve-se a soma de diversos fatores como a disponibilização de cursos pelo Senar/MT, o empenho da mobilização de turmas, a exigência do produtor por qualificação e o interesse dos funcionários.
Dentre os cursos mais demandados estão aqueles relacionados à cadeia produtiva da soja e milho. Nesta lista consta treinamentos como classificação de grãos e manutenção de colheitadeiras. Além destes, os de normas regulamentadoras e formação de brigada de incêndio também fazem parte desta lista.
De acordo com Redivo, a busca por capacitação mesmo durante a safra deve-se à necessidade de acompanhamento dos avanços tecnológicos. “As principais reclamações dos produtores são voltadas para qualificação dos funcionários. Como a evolução das máquinas foi muito grande, os trabalhadores precisam buscar conhecimento e capacitação para saber operá-las”.
Fonte: CNA Brasil