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Ásia será única região com aumento do consumo de carne bovina nesta década

As projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam, em curto prazo, que os preços da carne bovina no mundo cairão devido à oferta dos principais países produtores, entre eles o Brasil

As mesmas projeções indicam também que à medida que os produtores reduzirem o ritmo e a taxa de crescimento da produção diminuir, os preços aumentarão lentamente. No relatório ainda há previsão de crescimento do consumo de carne bovina para os próximos dez anos, com destaque para o continente asiático, única região com aumento de consumo per capita. Esse cenário futuro está no documento intitulado “OECD-FAO Agricultural Outlook 2020-2029”. A OECD e a FAO publicaram em 16 de julho o documento. A produção mundial de carne bovina tem projeção de aumentar em seis milhões de toneladas equivalente carcaça (TEC) até 2029, e 81% desse aumento virá de países em desenvolvimento. No curto prazo, o suprimento dos diversos tipos de carnes se manterá influenciado pelo impacto da peste suína africana na Ásia e a redução do rebanho bovino na Austrália, devido a condições climáticas. Acredita-se que, após 2021, esses fatores estarão estáveis e uma gradual recuperação na produção mundial ocorrerá, liderada por Argentina, Brasil e Estados Unidos. Nos EUA, a produção avançará devido ao aumento do número de abates e do peso das carcaças, resultante de baixos custos de alimentação. No Brasil, o crescimento da produção se beneficiará da oferta abundante e favorável de recursos naturais, alimentação, disponibilidade de pastagens, ganhos de produtividade e, em certa medida, da desvalorização do Real. No relatório, prevê-se que o consumo de carne bovina cresça nos próximos dez anos e represente 16% do aumento total no consumo de carnes. A Ásia é a única região para a qual se projeta aumento de consumo per capita. A comercialização de carnes no mundo (excluindo animais vivos e produtos processados) será em torno de 12% maior em 2029, liderada pelas carnes de frango e bovina. Isso representa uma desaceleração no crescimento do comércio de carnes para uma taxa anual média de quase 0,6%, em comparação com 3% na década anterior. Por outro lado, se espera que a parcela da produção total aumente levemente ao longo do tempo. A participação das três maiores regiões exportadoras somadas (Brasil, União Europeia e Estados Unidos) representará quase 60% das exportações mundiais de carne até 2029. Em médio prazo, mudanças nas preferências e atitudes dos consumidores em relação ao consumo de carne, em vista de seu impacto na saúde, no meio ambiente, no bem-estar animal e nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem levar a um crescimento mais modesto da demanda.

leia a notícia na íntegra no Abrafrigo

Fonte: O Presente Rural

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