Cenario Rural

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Arroba do Boi China chega aos R$ 230,00, mas frigoríficos seguem com dificuldade em preencher as escalas de abate

BOI-CHINA

Por Andressa Simão

Os frigoríficos tiveram que oferecer preços maiores para a arroba do Boi China para conseguir preencher as escalas de abate nesta semana. Diante desse cenário, os preços em São Paulo começaram a se consolidar no patamar dos R$ 230,00/@, mas as indústrias não conseguiram alongar as programações já que a oferta restrita de animais é vigente.

O setor passa por um momento de oferta restrita de animais em que não tem mais boi de pasto e falta de gado de confinamento, o que colaborar para a firmeza nos preços. Alguns pecuaristas dispõem de maiores lotes de gado, porém optam por segurar esses animais, na expectativa de conseguir preços mais altos na próxima semana, devido à virada do mês.

A necessidade dos frigoríficos originar animais também se deve as exportações aquecidas, na qual podem bater recorde histórico no volume embarcado em julho. Com os compradores chineses compondo os estoques para o final do ano, foram embarcadas 41,05 mil toneladas de carne bovina apenas na semana anterior. 

A expectativa da XP Investimentos é que o volume exportado até o final de julho fique próximo de 174,3 mil toneladas. Já as projeções da Radar Investimentos apontam que o volume mensal embarcado pode atingir 174 mil toneladas, ultrapassando o volume histórico que foi embarcado em outubro de 2019, que exportou 160,1 mil toneladas. 

Confira o volume embarcado de carne bovina in natura mês a mês. Elaboração Radar Investimentos com dados do MDIC

As indústrias frigoríficas também seguem em busca de matéria prima para abastecer os estoques do atacado, já que a demanda costuma aumentar com o pagamento dos salários no início do mês. O levantamento da Agrifatto apontou que a virada de mês resultou em um aumento das negociações no mercado atacadista paulista de carne bovina.

“A queda de braço entre os participantes do mercado resultou em um aquecimento das cotações dos produtos. A carcaça casada bovina fechou em R$ 14,50/kg, alta diária de 1,40% e na comparação semanal de 3,57%. A entrada de agosto com o recebimento dos salários e do auxílio emergencial pode melhorar o fluxo de saída do varejo”, informou a consultoria.

Reposição

Os preços para os animais de reposição registraram um aumento de 8,2% em julho, na média de todas as categorias e estados monitorados pela Scot Consultoria. A tendência é de que a procura por reposição permaneça em bom ritmo no curto prazo, apoiada na firmeza do mercado do boi gordo.

“Para os machos e fêmeas anelorados e mestiços, as cotações fecharam com alta de 2,1% na última semana de julho. As categorias mais eradas são as mais procuradas, mas devido à oferta restrita e os preços acima das referências, os negócios fluíram com dificuldade nos últimos dias”, informou a Scot Consultoria.

Por outro lado, o ágio da arroba do bezerro frente à dos animais para abate subiu, uma vez que a valorização do boi gordo não tem acompanhado a escalada da reposição. De acordo com as análises da Farmnews, os números mostram que o ágio do bezerro em 2020 segue muito acima do observado no mesmo período de 2019, pelo menos entre janeiro e junho.

“Na média de janeiro a junho de 2020 o ágio médio do bezerro em relação ao boi gordo foi de 37,3%, enquanto no mesmo período de 2019 de 22,5%.E vale destacar também que em todos os meses de 2020, de janeiro a junho, o ágio do bezerro em relação ao boi gordo foi maior quando comparado ao mesmo período de 2019”, destacou a Farmnews.

Andressa Simão é colunista de pecuária do Cenário Rural e produtora de conteúdo no site Notícias Agrícolas.

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