Apesar da estiagem, produção de tomate cresce 18,4% em São Paulo

De acordo com os dados, o tomate, assim como outras culturas como amendoim, arroz e soja, foi fortemente impactado pela falta de chuvas. No entanto, o setor tem apresentado resultados positivos, graças ao apoio do governo paulista. O Estado de São Paulo liberou quase R$ 1 bilhão em recursos emergenciais para o agronegócio devido à estiagem, incluindo R$ 100 milhões para subvenção ao seguro rural, que cobre entre 25% e 30% das apólices. Além disso, foram disponibilizados R$ 200 milhões em linhas de crédito para pequenos produtores afetados pela seca.

Em julho, uma linha de crédito emergencial de R$ 5 milhões foi destinada especificamente para produtores de batata-doce e mandioca prejudicados pela estiagem. Esse auxílio foi direcionado a municípios identificados pela Defesa Civil, com o objetivo de otimizar a aplicação dos recursos, conforme o informado pela Secretaria de Agricultura.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo também desenvolveu um plano de irrigação para dobrar as áreas irrigadas no estado em quatro anos. O objetivo é garantir a colheita, mesmo em períodos de seca, com uma meta de alcançar 30% das áreas irrigadas até 2030 – atualmente, apenas 6% da área produtiva do agro paulista possui sistema de irrigação, conforme ressaltou Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

A estimativa de safra do IEA-Apta também indicou crescimento na produtividade de outras culturas, como batata e milho, no ciclo 2023/2024. A produtividade da batata das águas aumentou 8,5%, enquanto a da batata da safra de inverno cresceu 6,7%. Já o milho-safrinha registrou um aumento de 7,7%. As principais regiões produtoras de batata no estado são São João da Boa Vista, Itapeva e Mogi-Mirim, que concentram mais de 80% da produção paulista, enquanto Assis, Ourinhos, Itapeva e Presidente Prudente são os maiores produtores de milho, respondendo por 76,1% da produção estadual.