No primeiro trimestre de 2024, o número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro atingiu a marca de 28,6 milhões, segundo pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Este resultado representa um novo recorde para a série histórica iniciada em 2012. A participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 26,85% nos primeiros três meses do ano, um leve aumento em relação aos 26,67% registrados no mesmo período de 2023.
Conforme apontam os dados do Cepea/CNA, a população ocupada no agronegócio cresceu 3,0% (ou aproximadamente 827 mil pessoas) de janeiro a março de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento supera o observado para o Brasil como um todo, que foi de 2,3% (ou cerca de 2,38 milhões de pessoas).
O crescimento da população ocupada no agronegócio no primeiro trimestre de 2024 foi impulsionado principalmente por empregados com carteira assinada, evidenciando um aumento na formalização do emprego. Houve também um aumento significativo no número de trabalhadores com maior nível de instrução, uma tendência observada no setor desde o início da série histórica. Além disso, a participação feminina no mercado de trabalho do agronegócio também cresceu durante este período.
Pesquisadores do Cepea/CNA atribuem esse incremento principalmente ao aumento de 9,9% no número de trabalhadores atuando em agrosserviços. Este segmento, que emprega o maior número de trabalhadores, inclui diversas atividades que atendem os setores de insumos, agropecuária e agroindústria, abrangendo transporte, armazenamento, comércio, serviços jurídicos, administrativos e contábeis. Adicionalmente, o número de pessoas empregadas nas agroindústrias aumentou em 3,4% (ou 149.179 pessoas).