Segundo a StoneX, os preços do açúcar apresentaram uma significativa recuperação na última semana, impulsionada por preocupações com a safra brasileira. O relatório quinzenal da UNICA mostrou uma queda de 11,07% na moagem de cana em comparação com o mesmo período da safra anterior. Além disso, o mix açucareiro ficou em 49,88% na primeira quinzena de julho de 2024, ligeiramente abaixo dos 50,03% da safra anterior. Esses dados reduziram as expectativas para a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil, contribuindo para o aumento dos preços.
A redução na moagem e a ligeira queda no percentual de açúcar produzido indicam uma oferta mais restrita, o que pode pressionar os preços para cima, especialmente em um cenário de demanda crescente. As expectativas de preços mais altos foram reforçadas pela incerteza em torno da produção e pela necessidade de ajuste nas estratégias de compra devido à oferta limitada.
Na última semana, os preços do etanol hidratado em Ribeirão Preto, SP, variaram entre R$ 3,00/L e R$ 3,10/L, após atingirem um pico de R$ 3,25/L em 11/07, o maior valor em 14 meses. Esse aumento foi impulsionado por um reajuste de R$ 0,20/L nos preços da gasolina A e pela alta demanda nas bombas. No entanto, os preços começaram a ceder após a escalada, devido à redução no volume de negócios e à saída das distribuidoras do mercado.
A pressão sobre os preços do etanol é reflexo da sazonalidade da oferta e das dinâmicas de colheita da safra 2024/25. O mercado continua a enfrentar desafios, com a oferta sazonal e a variação na demanda impactando os preços do biocombustível no curto prazo.
