Os contratos futuros do açúcar fecharam desvalorizados na última sexta-feira (27) nas bolsas internacionais, recuando da máxima de sete meses alcançada na véspera. O mercado, segundo analistas, ainda está computando quais serão os verdadeiros impactos da seca severa na produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo.
Segundo a Reuters, os negociantes disseram que os produtores estavam aproveitando o recente aumento de preços para vender, “acrescentando que havia indícios de que a Índia poderia produzir açúcar suficiente para exportar cerca de 2 milhões de toneladas na próxima temporada”.
“No geral, porém, o açúcar continua em tendência de alta. O Brasil produzirá 2 milhões de toneladas a menos de açúcar na temporada 2024/25 – ou 39 milhões no total – devido à seca severa e incêndios florestais relacionados, disse a BMI”, em nota trazida pela Agência Internacional de Notícias.
Por outro lado, ainda segundo a Reuters, a corretora StoneX disse que o Brasil produzirá 2,5% mais açúcar ou 40,6 milhões de toneladas no total na próxima temporada, “mas atribuiu o aumento à maior alocação de cana para açúcar em vez de etanol”. A StoneX, todavia, prevê uma moagem 3,2% menor no Brasil na safra 2025/26.
Nova York
Na sexta-feira todos os lotes do açúcar bruto fecharam no vermelho na ICE Futures de Nova York. O contrato outubro/24 foi comercializado a 22,79 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 52 pontos no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/25 caiu 59 pontos, contratada a 22,64 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 7 e 44 pontos.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, o açúcar branco também fechou em queda em todos os lotes, com exceção da tela março/26 que subiu 1 dólar. O vencimento dezembro/24 foi contratado a US$ 576,20 a tonelada, recuo de 17,70 dólares no comparativo com os preços de quinta-feira. Nas demais telas a desvalorização oscilou entre 1,50 e 15,60 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a sexta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 146,79 contra R$ 146,57 de quinta-feira, valorização de 0,15% no comparativo.
