Os contratos futuros do açúcar fecharam novamente em alta nesta terça-feira (27) com os analistas e as usinas contabilizando os prejuízos causados pelas centenas de focos de incêndio de assolaram a principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil. Segundo especialistas, as perdas se darão tanto na atual temporada, uma vez que muitas canas que ainda não estavam prontas para serem colhidas foram atingidas, como nas soqueiras que estavam brotando.
Nesta terça-feira a Orplana – Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil aumentou a estimativa de perdas em São Paulo para 80 mil hectares. A estimativa anterior era de que o fogo havia atingido 60 mil hectares de cana. Os prejuízos foram reajustados para mais de 500 milhões de reais.
Segundo a Reuters, o estado de São Paulo “é o maior produtor de cana do Brasil, respondendo por cerca de metade do cultivo do país, principal player global do setor. Os preços globais do açúcar têm sido sustentados pelas perdas previstas na lavoura paulista”.
Nova York
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto foi contratado ontem, no lote outubro/24, a 19,60 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 56 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/25 subiu, também, 56 pontos, contratada a 19,93 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 16 e 49 pontos.
Londres
Na ICE Futures Europe, de Londres, o açúcar branco também fechou valorizado em todos os lotes. O vencimento outubro/24 foi contratado a US$ 548,00 a tonelada, valorização de 22,30 dólares no comparativo com a sessão anterior. Já a tela dezembro/24 subiu 21,90 dólares, contratada a US$ 534,60 a tonelada. Os demais lotes subiram entre 16,70 e 23,10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a terça-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 130,66 contra R$ 131,72 praticado na segunda-feira, queda de 0,80% no comparativo entre os dias.
Etanol hidratado
O etanol hidratado, por sua vez, fechou pelo terceiro dia consecutivo em alta pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi vendido pelas usinas a R$ 2.663,50 o m³, contra R$ 2.640,50 o m³ praticado na segunda-feira, valorização de 0,87% no comparativo.