Aumentar a conexão entre os elos da cadeia. Foi com esse propósito que o Ibrafe realizou na última semana sua primeira reunião online com o seleto grupo Premier. Em uma oportunidade inédita, os produtores tiveram um encontro com Mauro Bortolanza, franqueado da Kicaldo em São Paulo.
O evento online teve como objetivo aumentar o contato entre os personagens do setor. Em um bate papo de quase duas horas, todos puderam fazer perguntas, tirar dúvidas e fazer sugestões.
“É importante trocar ideias com a cadeia produtiva, onde começa todo o processo. Se não existirem pessoas dispostas a produzir, a indústria não tem o que fornecer para a população”, afirmou Bortolanza.
O presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders, foi o intermediador da reunião. Ele destaca a importância da realização de encontros como esse e reforça que é somente através de comunicação dentro do setor que será possível a evolução das relações de confiança de confiança.
“Temos temas sensíveis a todos como a preocupação com o abastecimento com grandes oscilações, hora com sobras de produto, hora com excedentes que acabam por perturbar o abastecimento. Precisamos encarar que, se não promovermos nosso produto visando aumento de consumo, ninguém o fará. Para aumentar o consumo precisamos criar um ambiente propício para evoluirmos também nesse sentido. Reuniões como essas visam estabelecer os alicerces para identificar gargalos e somar esforços para avançar em soluções”.
Visão atual do mercado
O ano de 2020 tem sido marcado pelas variações no preço do feijão. Logo no início da pandemia houve uma busca desenfreada por parte dos consumidores, com medo de faltar alimento. No mês de março houve um volume alto de vendas, que vem oscilando desde então.
“Em agosto fizemos 30% menos em nosso volume. É um ano atípico, não há estatística, nem forma de prever como será o consumo”, afirmou Bortolanza.
Ele acrescentou ainda que, o consumo de feijão está diretamente ligado a situação econômica. “Pleno emprego e economia equilibrada diminuem e consumo de feijão. Já a crise, faz aumentar esse consumo”.
Temas abordados
Entre os assuntos abordados na reunião estiveram o preço do feijão na gôndola e no campo, o estoque, as variedades mais atrativas e as dores de cada parte da cadeia.
“A indústria de feijão tem que ir todos os dias em busca de novos fornecedores. Regiões diferentes, culturas diferentes. Quando a cadeia está equiparada é bom para o negócio. Temos responsabilidade social. Uma marca se constrói com todos da cadeia. Quando o produtor está fortalecido e capitalizado, ele vai em busca de mais ferramentas para produzir mais e melhor”, acrescentou Bortolanza.
O presidente do Ibrafe finalizou reforçando a importância da união de todos os personagens da cadeia. “É necessário fluir mais as informações para que todos os envolvidos possam estar a par dos acontecimentos. Feijão é uma causa”, finalizou Lüders.
Fonte: Ibrafe