São Paulo, 22 de julho de 2020 – Conceitualmente definida como a atividade de cultivo de terra cuja administração é feita por uma família e emprega como mão de obra seus membros, a agricultura familiar se destina a subsistência do produtor rural e ao mercado interno do país. O setor é tão relevante economicamente há séculos, que o próximo sábado, 25 de julho, foi escolhido para homenagear a atividade, sendo definido como o Dia Internacional da Agricultura Familiar.
Enquanto internacionalmente os números são menos expressivos, no Brasil, hoje, existem mais de 4 milhões de estabelecimentos familiares rurais e o setor é responsável por gerar renda para 70% dos brasileiros no campo, segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A Organização das Nações Unidas (ONU) também estima que 80% de toda a comida do planeta venha desse tipo de produção. Atualmente, 87% da mandioca, 70% do feijão, 60% da produção de leite, 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 46% do milho consumidos pela população brasileira vêm desse tipo de cultivo.
Aliada à agricultura familiar, a educação alimentar e nutricional é uma importante ferramenta para alcançar melhorias das condições de saúde e hábitos alimentares. Além disso, esses agricultores asseguram a biodiversidade e geram serviços ecossistêmicos. A atividade, no entanto, ainda segue exposta a fragilidades que podem prejudicar o seu desenvolvimento sustentável e que envolvem questões como segurança alimentar e desafios no escoamento dos alimentos.
Em 2019, o Prêmio Fundação Bunge homenageou a extensionista da Emater-MG, Márcia Alves Esteves, na categoria Juventude, e o engenheiro-agrônomo, Luciano Cordoval de Barros, na categoria Vida e Obra. Nesta edição, a premiação trouxe a agricultura familiar como tema para uma de suas áreas homenageadas, as Ciências Agrárias.
Nos últimos dez anos, Márcia vem desenvolvendo um trabalho focado na implantação de tecnologias sustentáveis de baixo custo para o semiárido, ampliando acesso dos agricultores familiares aos mercados locais, à feira livre e aos mercados institucionais. Já Luciano trabalhou na implantação do Projeto Barraginhas que tem como foco captar a água das enxurradas e promover seu armazenamento no solo, evitando erosões, assoreamentos e contaminações ambientais, promovendo o aumento do volume de água dos mananciais. Cordoval difundiu essa tecnologia em diversas regiões de Minas Gerais e posteriormente em outros estados.
Com o propósito de incentivar a inovação e disseminar conhecimento, o Prêmio reconhece há mais de 60 anos profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil.
Sobre a Fundação Bunge
A Fundação Bunge, entidade social da Bunge no Brasil, há mais de 60 anos atua em diferentes frentes com o compromisso de valorizar pessoas e somar talentos para construir novos caminhos. Suas ações estabelecem uma relação entre passado, presente e futuro e são colocadas em práticas por meio da preservação da memória empresarial (Centro de Memória Bunge), do incentivo à leitura (Semear Leitores), do voluntariado corporativo (Comunidade Educativa), do desenvolvimento territorial sustentável (Comunidade Integrada) e do incentivo às ciências, letras e artes (Prêmio Fundação Bunge).
Fonte: CDN Comunicação