A projeção de colheita do milho segunda safra no Tocantins é positiva. Até 30 de junho deste ano, os agricultores colheram 25% da produção total e, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o milho continua como uma das culturas em destaque mesmo ocupando apenas 18,1% de toda área plantada de grãos no Estado.A produção do milho deve bater recorde com a marca de 1,2 milhão de toneladas, um ganho superior a 20% comparado à safra 2018/2019. Ainda conforme a Conab, a área plantada de segunda safra de milho deve ser consolidada como a maior da história do cultivo deste grão, tendo em vista que plantios nominados como safrinha iniciaram somente a partir de 2003, no Tocantins. A previsão é que o Estado tenha saltado dos 201 mil para mais de 240 mil hectares, incremento superior a 19% em relação à safra passada.De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Thiago Dourado, levando em conta a média brasileira, os resultados são de alta relevância. “O crescente número advém do trabalho realizado pelo Governo do Estado quando gera incentivos para que mais indústrias invistam no Tocantins e o apoio à pesquisa. Vale lembrar a crescente verticalização de cadeias produtivas de proteína animal em que o milho é o principal insumo, com isso, cresce a demanda”, pontua.Os reflexos positivos do incremento de área e produção estão relacionados aos bons rendimentos médios alcançados na segunda safra pelos produtores e que segundo o engenheiro agrônomo da Seagro, Thadeu Teixeira, esses resultados decorrem também das boas condições climáticas do Estado. “O clima favorável corrobora para investimentos de empresas e produtores, que esperam produtividade superior aos 90 sacos por unidade de área”, destaca o engenheiro.
Área colhida – Produtores
Associações, cooperativas e produtores apontam para diferentes percentuais de área colhida em suas respectivas regiões do Estado. A Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Cooap), no município de Pedro Afonso, presidida pelo também produtor de grãos, Ricardo Khouri, sinaliza para cerca de 30% de área colhida de seus cooperados.
Já a empresa Frísia, com sua sede no Tocantins na região de Paraíso do Tocantins, aponta área colhida de 15%, conforme informações de Érika Lima, gestora da unidade.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja), Maurício Buffon, relata que, na região dos municípios de Porto Nacional, Brejinho de Nazaré, Santa Rosa e outros circunvizinhos, a área colhida deve girar em aproximadamente 20%.
A colheita do milho safrinha é muito importante para o avanço da produção de grãos, pois é mais uma alternativa para o agronegócio. “Vale ressaltar que a colheita segue em ritmo acelerado e seguindo tendência, a produção é bem mais expressiva do que o cultivo da primeira safra”, reforça o engenheiro agrônomo, Thadeu Teixeira.
Edição: Thâmara Cruvinel
Fonte: Seagro TO