Sexta-feira, 24 de abril de 2020. Dia para marcar na agenda do mercado brasileiro de soja com quebra de todos os recordes. Os preços da oleaginosa brasileira superaram, na referência chamada ‘sobre rodas’ os R$ 110,00 por saca, marcando até algo como R$ 112,50 nos melhores momentos do dia no porto de Paranaguá.
E não poderia ser diferente, afinal. Os recordes quebrados pela soja vieram do recorde do dólar, que renovou todas as suas máximas também nesta sexta, testou níveis acima dos R$ 5,70, fechou o dia com alta de 2,54% e valendo R$ 5,668. A política conturbada alimentou a especulação, a aversão ao risco e a escalada da moeda americana.
Para o produtor brasileiro, o tempo é de estratégia e total monitoramento dos mercados que formam seus preços. As vendas de soja, principalmente da safra 2020/21, deverão contar com operações estruturadas, bem casadas com as compras de insumo para a construçao de custos de produção saudáveis e que resultem em boas margens de lucratividade.
Insituições que acompanham o mercado de insumos seguem afirmando que as relações de troca são ainda bastante favoráveis, com valores que apresentam uma redução de cerca de 10% se comparadas as de 2019. Em dólar, os preços dos fertilizantes, por exemplo, já apresentam valores 25% mais baratos do que no mesmo período do ano anterior.
Reforço. É momento de monitoramento e não só definição de estratégias, mas de implementação das estratégias, aproveitar as oportunidades que o mercado segue ofertando ao produtor brasileiro e aprimorar seu modelo de comercialização.
A quem vende em dólares, por outro lado, tenha atenção e olho vivo na Bolsa de Chicago. A demanda está começando a melhorar no mercado norte-americano, a China comprou mais de 600 mil toneladas de soja nos EUA nesta semana, o plantio da nova safra está começando e o mercado climático pode trazer volatilidade ao andamentos das cotações internacionais.
Assim, senhoras e senhores, apertem os cintos! O mercado da soja promete grandes emoções!
Por Carlas Mendes