Cenario Rural

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Soja tem comercialização recorde no Brasil, mas exige monitoramento constante dos custos

A comercialização da soja nunca esteve tão acelerada no Brasil. O dólar acima dos R$ 5,00 motivou boas vendas tanto da safra 2019/20, quanto da safra 2020/21 e os índices chamam atenção por nunca terem alcançado os patamares observados neste início de 2020.

Com o colchão do câmbio, os preços formados para a oleaginosa brasileira alcançaram níveis historicamente altos, têm trabalhado há semanas na casa dos R$ 100,00 por saca, alcançam valores mais elevados do que estes no mercado futuro e indicam os melhores momentos para este mercado na história do Brasil.

Mesmo com uma baixa de mais de 1% na última semana, o indicador ESALQ/BM&FBovespa (Paranaguá – PR) marcou RT$ 100,07, na parcial de abril. Pesquisadores do Cepea explicam que, dessa forma, o ritmo dos negócios perde parte do seu fôlego diante deste cenário, mas sem deixar de trazer oportunidade aos sojicultores brasileiros.

“Como o produtor brasileiro se capitalizou logo no início desta safra, agora não mostra preocupações em negociar grandes lotes – até porque, com o dólar acima de R$ 5,00, as commodities brasileiras continuam atrativas aos importadores”, disseram em uma nota divulgada nesta segunda-feira, 13 de abril.

Ao lado de boas vendas e antecipadas vendas, o produtor de soja – e de grãos, de uma forma geral – acompanha ainda os efeitos do câmbio sobre a formação dos custos de produção também para a nova safra. Com boa parte dos insumos sendo importada, os valores deverão ser inevitavelmente mais altos na próxima temporada e exigirão uma eficiente capacidade de gestão.

De acordo com especialistas, há uma grande incerteza sobre os preços dos defensivos que ainda poderá ser vivida pelos produtores, dada a grande dependência da indústria da China. Ao mesmo tempo, as relações de troca nos fertilizantes são ainda vantajosas – apesar de as relações de troca já terem registrado momentos ainda melhores neste ano.

Um levantamento feito pela INTL FCStone mostra que, no porto de Paranaguá, o MAP já chegou a 16,6 sacas por tonelada, com um incremento de 28% desde o começo do ano, mas com baixa de 18% se comparadao a 2019. Da mesma forma, a consultoria aponta a relação ureia x milho Paranaguá em 26 sacas por tonelada, 16% mais cara do que no comparativo anual.

O segundo trimestre pode oferecer uma janela de boas oportunidades na aquisição de fertilizantes em preparação para a safra de verão, de acordo com a analista de inteligência de mercado da INTL FCStone, Gabriela Fontanari, em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Assim, gestão e otimização de resultados são palavras de ORDEM para a nova temporada, em um novo normal.

Por Carla Mendes

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