Com safrinha consolidada e mercado dividido entre euforia e cautela, milho enfrenta um mês decisivo para preço, exportação e abastecimento interno.
Colheita em Andamento e Plantio Concluído
O Brasil finalizou o plantio da safrinha 2025 e já colheu quase 90% da soja, abrindo espaço total para o milho de segunda safra. Com áreas bem distribuídas, especialmente no Centro-Oeste e no Paraná, o ciclo avança com expectativa moderada de produtividade — embora fatores climáticos ainda sejam imprevisíveis.
Mercado Físico em Queda, Futuros Oscilando
Apesar do avanço da colheita, o mercado físico opera com preços pressionados. Compradores estão retraídos, aguardando maior oferta. Nos contratos futuros da B3, o milho opera em alta moderada, mas sem força suficiente para sustentar uma tendência clara. A diferença entre as bolsas e o mercado spot reflete a instabilidade na definição dos fundamentos.
As chuvas retornaram a algumas regiões produtoras, o que contribui para a manutenção do potencial produtivo das lavouras. No entanto, áreas que plantaram fora da janela ideal ainda preocupam, especialmente em Mato Grosso do Sul e Goiás. A irregularidade das precipitações pode afetar a formação dos grãos.
Exportações no Radar e Estoques Internos em Alta
Com a competitividade internacional favorecida pelo câmbio, as exportações devem ganhar força nas próximas semanas. No entanto, o estoque elevado de milho no Brasil pressiona os preços e desafia o escoamento. A logística segue como fator estratégico para evitar gargalos.
Abril Define Rumos de um Mercado Dividido
Com fundamentos mistos, o milho vive um momento de transição. Produtores precisam redobrar o planejamento financeiro e logístico, enquanto analistas observam o comportamento externo — especialmente a demanda da Ásia e os sinais de recuperação do consumo interno.
Fontes: Conab, Cepea, Aprosoja, Canal Rural, Notícias Agrícolas, B3, USDA