Discussões sobre cessar-fogo encontram impasses enquanto crise humanitária se agrava e mediações internacionais tentam salvar últimos acordos.
Hamas Rejeita Trégua Temporária Proposta pelos EUA
No fim de semana, as negociações entre Israel e Hamas, conduzidas com mediação de Estados Unidos, Egito e Qatar, avançaram sem consenso. O diretor da CIA, William Burns, apresentou uma proposta de trégua de seis semanas em troca da libertação de reféns. O Hamas, no entanto, insistiu que não aceitará menos do que um cessar-fogo permanente, acusando Israel de má-fé nas tratativas.
Israel Aceita Trégua Condicionada, Mas Mantém Operações
O governo israelense indicou abertura para uma trégua temporária, mas condicionada à libertação imediata de todos os reféns em Gaza. Ao mesmo tempo, manteve bombardeios em áreas urbanas e reforçou operações militares no sul do enclave, alegando presença de milícias armadas.
Organizações internacionais como ONU e Médicos Sem Fronteiras alertaram para o agravamento da crise humanitária em Gaza, com hospitais destruídos, falta de água potável e colapso dos serviços de emergência. Estima-se que mais de 33 mil pessoas morreram desde o início do conflito. A pressão internacional por um cessar-fogo definitivo cresce, especialmente entre países da América Latina, Europa e África.
Impasses e Guerra de Narrativas
Israel acusa o Hamas de utilizar civis como escudos humanos e rejeita concessões unilaterais. O Hamas, por sua vez, sustenta que só negocia sob a condição de retirada total das tropas israelenses e fim do bloqueio a Gaza. A falta de confiança entre as partes, aliada à pressão de alas mais radicais de ambos os lados, torna o ambiente político altamente volátil.
Trégua Ameaçada por Fatores Políticos e Estratégicos
Embora a diplomacia continue tentando manter o canal de diálogo aberto, a realidade no campo de batalha e os cálculos políticos de Tel Aviv e Gaza dificultam qualquer avanço concreto. O risco de colapso total das negociações é real, e o mundo acompanha com crescente inquietação mais um capítulo do conflito mais explosivo do Oriente Médio.
Fontes: Al Jazeera, Haaretz, Reuters, CNN, The Times of Israel, Ministério das Relações Exteriores do Egito, BBC News