Cenario Rural

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Nova Fronteira da Sustentabilidade no Tabaco Brasileiro

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Projeto piloto busca restaurar a qualidade do solo e enfrentar os extremos climáticos nas lavouras de fumicultores do Sul do Brasil.

Uma Resposta ao Esgotamento do Solo

Lançado na Expoagro Afubra 2025, o projeto “Solo Protegido” nasce da urgência em enfrentar o esgotamento progressivo dos solos em regiões produtoras de tabaco. A monocultura intensiva e o uso recorrente de insumos químicos comprometeram, ao longo das últimas décadas, a fertilidade e a capacidade de retenção hídrica do solo nas propriedades rurais.

A proposta une práticas de manejo conservacionista, como plantio direto, cobertura vegetal permanente, terraceamento e uso racional de adubação. Além disso, sensores climáticos e análise remota por drones estão sendo introduzidos para permitir uma tomada de decisão mais precisa sobre quando e como intervir na lavoura.

Parceria entre Governo, Indústria e Famílias Agricultoras

O projeto é resultado de uma parceria entre a Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), o Ministério da Agricultura, instituições de extensão rural e empresas compradoras de tabaco. Famílias de pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná participam do piloto, que já cobre mais de 400 hectares.

Entre os objetivos centrais do Solo Protegido está o de aumentar a resiliência das lavouras diante de eventos climáticos extremos, como estiagens prolongadas e chuvas torrenciais. A retenção de água no solo e a redução da erosão têm se mostrado fatores críticos para a sustentabilidade da produção.

Resultados preliminares apontam para uma redução de até 20% nos custos com fertilizantes e defensivos químicos, além de um aumento de produtividade entre 10% e 15% nas lavouras que adotaram integralmente as boas práticas propostas.

Educação Ambiental e Inclusão Social no Campo

Capacitações em manejo do solo e agricultura regenerativa estão sendo ofertadas a centenas de jovens e mulheres do meio rural, fortalecendo o protagonismo das famílias produtoras e promovendo a inclusão social por meio da sustentabilidade.

Com foco em mercados exigentes como Alemanha, Suíça e Japão, o Solo Protegido visa transformar o perfil do tabaco brasileiro, cada vez mais cobrado por rastreabilidade e responsabilidade socioambiental. Certificações estão sendo desenhadas em paralelo ao projeto-piloto.

Todos os dados de solo, clima e produtividade estão sendo monitorados por plataformas digitais integradas. Os resultados são acessíveis aos produtores e às entidades parceiras, aumentando a transparência e facilitando a correção de rumos.

Crédito Verde Como Incentivo ao Produtor

O projeto também conta com linhas especiais de crédito verde para financiamento de mudanças estruturais nas propriedades. Os produtores que adotam as práticas sustentáveis têm acesso a juros reduzidos e maior prazo para amortização.

Ambientalistas veem com ceticismo o uso de recursos públicos em uma cadeia produtiva associada ao tabaco. Defendem que tais iniciativas deveriam ser direcionadas a culturas alimentares. Por outro lado, técnicos do projeto defendem que toda atividade produtiva deve evoluir em sustentabilidade, independentemente do setor.

Solo Protegido como Caminho para um Agro Regenerativo

Mais do que preservar o solo, o projeto sinaliza uma virada cultural no tabaco brasileiro, atrelando produtividade a responsabilidade ambiental. Os resultados iniciais indicam que é possível produzir com mais equilíbrio e menos impacto.

Fontes: Afubra, MAPA, Emater-RS, UFRGS, Expoagro Afubra, Observatório da Agroecologia, Canal Rural, Globo Rural, Jornal do Tabaco, Cigarette Industry Reports

 

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