As negociações entre Mercosul e União Europeia para um acordo de livre-comércio enfrentam uma série de impasses, ameaçando oportunidades valiosas para o agronegócio brasileiro. Após anos de discussões, a falta de consenso em questões ambientais e tarifárias gerou desconfiança entre os dois blocos, deixando o acordo, que poderia abrir o mercado europeu para produtos agrícolas brasileiros, em um limbo. Organizações ambientais na Europa exigem garantias sobre práticas sustentáveis, especialmente em produtos como carne bovina e açúcar, enquanto o Mercosul argumenta que essas restrições limitam sua competitividade.
A ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) têm expressado preocupação com a demora nas negociações. Representantes afirmam que o setor agrícola brasileiro pode perder espaço para concorrentes, como Estados Unidos e Austrália, que já possuem acordos comerciais favoráveis com a Europa. A CNA defende que o Brasil precisa reforçar suas práticas sustentáveis para atender aos padrões exigidos pelo mercado europeu e garantir o avanço das negociações. O Ministério da Agricultura indicou que o governo buscará flexibilizações para viabilizar o acordo, visto como essencial para o crescimento do setor agrícola nacional.
Fontes: AgroEstadão, InfoMoney