As cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a segunda-feira em baixa, pressionadas pelo clima favorável no Brasil e pelas condições positivas para a colheita nos Estados Unidos, conforme informações da TF Agroeconômica. O contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, fechou com desvalorização de 0,94%, ou $9,50 cents/bushel, atingindo $996,00.
Já o contrato para janeiro de 2025 caiu 0,93%, ou $9,50 cents/bushel, encerrando o dia a $1.011,50. No entanto, o farelo de soja para dezembro teve leve alta de 0,06%, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês caiu 3,30%, cotado a $41,90/libra-peso.
A retração das cotações de soja para novembro foi significativa, marcando o fechamento abaixo dos US$10 por bushel. A pressão sobre o mercado ocorre principalmente devido às boas condições climáticas nos EUA e ao início das chuvas no Brasil, o que favorece o plantio. Mesmo com 15 dias restantes para o aviso de entrega, o volume de negociações foi alto, indicando a relevância dos fatores climáticos para os preços.
Além disso, a demanda chinesa continua desempenhando papel crucial. As compras aceleradas pela China, que ampliou as importações em 8,4% nos primeiros nove meses de 2024, são uma tentativa de antecipar um possível cenário de guerra comercial caso Donald Trump vença as eleições presidenciais nos EUA.
A expectativa é de que o país asiático esteja reforçando seus estoques diante do risco de instabilidade nas relações comerciais.
Para terça-feira, o mercado aguarda os dados de exportação do USDA e do NOPA, com previsões de aumento no esmagamento mensal de soja nos EUA, o que pode trazer novas movimentações para os preços.