As chuvas intensas que atingiram diversas regiões do Rio Grande do Sul no final de setembro trouxeram sérios impactos para o mercado de arroz, interrompendo o processo de semeadura e aumentando as preocupações sobre o andamento da safra.
Segundo dados do Cepea, o clima adverso não só paralisou o plantio, como também dificultou o transporte do cereal, comprometendo o cumprimento de vários contratos já firmados entre produtores e compradores.
Essa situação obrigou muitos compradores, com necessidade urgente de renovar seus estoques, a elevar os valores oferecidos na tentativa de atrair vendedores.
No entanto, apesar das ofertas mais altas, o mercado encerrou o mês com baixa liquidez, contrariando as previsões de aquecimento no setor.
De acordo com pesquisadores do Cepea, além das dificuldades impostas pelo clima, o cenário foi agravado pela desvalorização do dólar, que impactou diretamente as negociações, e pelo ritmo mais lento nas vendas de arroz beneficiado.
A combinação desses fatores contribuiu para aumentar a disparidade entre os preços de compra e venda, reduzindo o volume de transações e deixando o mercado mais retraído do que o esperado para essa época do ano.