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Minério de ferro só cai e China não parece ir ao resgate – mais um alerta para Vale

O minério de ferro não para de cair e afeta as perspectivas para diversas empresas com forte participação nos principais índices da Bolsa brasileira, com destaque para a Vale  , cuja ação corresponde a 10,8% do Ibovespa e cai 20,5% no acumulado de 2024.

Na bolsa chinesa de Dalian, o minério registrou a sua quinta queda seguida nesta quinta-feira (5) e chegou ao menor nível em um ano, com uma série de dados econômicos chineses fracos tornando as expectativas de demanda do maior consumidor mundial do ingrediente siderúrgico mais nebulosas. O contrato futuro mais negociado da commodity, para janeiro, caiu 2,58% e encerrou o pregão diurno a 678,5 yuans (US$ 95,58) a tonelada métrica. No início do dia, atingiu seu nível mais fraco desde 21 de agosto de 2023, a 673 yuans (US$ 94,80).

“Em contraste com a leve recuperação da semana passada, os futuros do minério de ferro na China começaram esta semana com uma queda drástica, já que as preocupações com a saúde da economia chinesa prevaleceram mais uma vez após novos dados macroeconômicos apontarem para o enfraquecimento da atividade manufatureira”, disse a consultoria chinesa Mysteel em uma nota.

A expansão da atividade do setor de serviços da China desacelerou no mês passado, mostrou uma pesquisa na quarta-feira. Outra pesquisa mostrou que a atividade manufatureira caiu para uma baixa de seis meses em agosto.

A forte oferta e demanda inicialmente causadas pela retomada da produção nas siderúrgicas em agosto enfraqueceram devido ao declínio nos lucros, apontou o site de informações financeiras chinês Hexun Futures em nota.

O Bradesco BBI aponta que a produção de aço na China tem apresentado tendência de queda nas últimas semanas. Porém, o lado da oferta, as remessas do Brasil e da Austrália seguiram em alta.

Para a Genial, quaisquer medidas de flexibilização monetária terão eficácia limitada, com o PBoC (Banco Popular da China, ou BC chinês) se concentrando mais em estabilizar a taxa de câmbio do que em impulsionar a economia doméstica. Embora os próximos cortes nas taxas do Federal Reserve nos EUA possam oferecer algum espaço para a política de juros, a casa de research projeta que qualquer flexibilização tenha um impacto mínimo devido à fraca demanda doméstica, à intensificação da concorrência de preços e ao declínio das receitas corporativas.

O número de empresas deficitárias aumentou, indicando gastos de capital corporativo restritos.  Avaliam os analistas.

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