O estado de São Paulo lidera as exportações brasileiras de ovoprodutos, registrando 6.789 toneladas e gerando uma receita de US$ 30,162 milhões, segundo dados recentes. Na terceira posição, encontra-se o Rio Grande do Sul, com 3.768 toneladas e um faturamento de US$ 8,954 milhões, seguido por Santa Catarina em quarto lugar, com 2.360 toneladas e US$ 10,131 milhões, e o Mato Grosso do Sul em quinto, exportando 1.287 toneladas e arrecadando US$ 2,502 milhões. Entre os cinco principais estados exportadores, alguns experimentaram crescimento no volume exportado, enquanto outros enfrentaram queda: Mato Grosso do Sul (+66%), São Paulo (-30,9%), Rio Grande do Sul (+35,9%), Paraná (+48,2%) e Santa Catarina (-13,5%).
No acumulado dos primeiros seis meses de 2024, o México destacou-se como o principal importador de ovoprodutos brasileiros, comprando 5.654 toneladas e gerando uma receita de US$ 24,36 milhões, embora tenha reduzido suas importações em 37,8% em volume e 49,2% em receita em comparação ao ano anterior. Outros países que se destacaram nas importações incluem a África do Sul, com 3.161 toneladas e US$ 14,137 milhões, Chile com 2.854 toneladas e US$ 6,692 milhões, Senegal com 2.461 toneladas e US$ 9,564 milhões, e Emirados Árabes Unidos com 1.129 toneladas e US$ 1,965 milhão.
Apesar de ser um dos principais produtores mundiais de ovos, o Brasil ainda tem uma tradição modesta na exportação de ovos e ovoprodutos, com mais de 99,5% da produção destinada ao mercado interno. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o país produziu 52,4 bilhões de ovos, exportou 25,4 mil toneladas de ovoprodutos, e disponibilizou 242 ovos por habitante por ano no mercado interno.
No início de agosto, a ABPA divulgou projeções indicando que a produção de ovos no Brasil poderá alcançar 56,9 bilhões de unidades em 2024, representando um crescimento de até 8,5% em relação ao ano passado. O consumo de ovos também deverá aumentar em 8,5%, totalizando 263 unidades por habitante por ano.